28 de ago. de 2011

Passeata gay em Ribamar recolhe bandeiras

    Entre a cruz e a espada a parada gay em São José de Ribamar não desfraldou bandeiras de luta do movimento LGBT. Repetindo os mesmos carros alegócios lotado de gogo boys, travestis, mulheres, distribuição de camisinhas e recadinhos aos participantes, a passeata na orla marítima da cidade não atraiu os esperados 80 mil. Entre nativos e da ilha chegou a 30 no máximo.
    No meio da multidão empoleirada no primeiro carro estava Carlos Garcia, saudado como um dos artífices das passeatas. Garcia reina desde que chamava de amiga a primeira dama do estado, Alexandra Tavares. Eram os primeiros passos da passeata. Houve tropeços, como do ex-diretor do Grupo Gayvota, Airton Ferreira da Silva, condenado pelo Tribunal de Contas da União. Ferreira não fechou as contas da segunda passeata.
    Como o ano não eleitoral, não apareceu  os ilustres candidatos a candidato e à reeleição como padrinho da festança. Mais a política predomina no conselho municipal
O deslocamento para a Beira-Mar mata dois coelhos: atende à política da prefeitura em valorizar o evento como mais um produto do município e acata o resmungo que repica na igreja católica de São José de Ribamar. Tanto é que só depois que as portas da igreja se fecham e que é dada a largada.
    Nem Malafaia (o pastor que se transformou em personagem) ganhou destaque nos discursos durante o percurso. Faltou um vereador mais engajado. Sua excelência não deu as caras. Nesses tempos de ajoelhar e rezar em tudo quanto é altar não cai bem. A fala dos organizadores ficou nos rodeios, com direitos a gritinhos para animar a festa. Policiamento pouco, tentando ser eficaz mais non troppo, a multidão se comportava nos limintes da Beira-mar. Foi mais uma festa.









Criação formal da Fundação Jackson Lago acontece nesta segunda,29

    A ex-primeira dama do estado e médica Clay Lago coordena nesta segunda-feira,29 o lançamento da criação formal da Fundação Jackson Lago. A solenidade acontece às 18 horas, no Palácio Cristo Rei (Praça Deodor - Centro) e reunirá membros do PDT, amigos e correligionários do ex-governador do estado e ex-prefeito de São Luís, Jackson Lago, falecido em abril deste ano aos 76 anos. O PDT do Maranhão é presidido por Igor Lago, filho de Jackson Lago.

126 municípios do Maranhão podem ficar ser receber recursos federais

    O Decreto 7.507/2011, publicado no dia 28 de junho pela Presidência da República, pode deixar quase a metade dos municípios brasileiros sem os recursos das transferências federais. O decreto estabelece que a movimentação dos recursos transferidos por órgãos e entidades da administração pública federal aos Estados, Distrito Federal e Municípios “será realizada exclusivamente por meio eletrônico, mediante crédito em conta corrente de titularidade dos fornecedores e prestadores de serviços devidamente identificados”.
     Se nenhuma providência for adotada até amanhã (29), 2.642 municípios (47%) que não possuem agências de bancos federais terão dificuldades para receber os repasses financeiros. Dos 217 municípios maranhenses, apenas 91 possuem agência do Banco do Brasil, e 18 agências da Caixa Econômica Federal.

Uma experiência radical

Ferreira Gullar
Todas as pessoas, informadas nesse terreno, sabem que fui eu quem inventou o nome "neoconcreto", propus que criássemos um movimento com esse nome e escrevi o Manifesto Neoconcreto e a teoria do não objeto.
    É verdade, também, como tenho dito, que nada disso teria sido possível nem teria consequências efetivas se se tratasse apenas de sacações minhas: de fato, não fiz mais do que formular o que já estava sendo criado pelos pintores, escultores e poetas que constituíam, àquela época, o grupo de concretistas do Rio de Janeiro.
    E só por isso aquele movimento deu certo, marcando um momento de nossa história artística. Certamente, a tomada de consciência do processo de criação que o nosso grupo realizava foi um fator decisivo para o desdobramento que teria, pois era necessário que alguém formulasse teoricamente aquilo.
    Coube a mim fazê-lo por ser eu, além de membro do grupo como poeta, também teórico e crítico de arte.
    Sabemos todos, porém, que não é a teoria que produz as obras de arte, muito embora o processo criador exija a consciência crítica.
    Desse equívoco estão cheios os manifestos dos diferentes movimentos de vanguarda do século 20, que, a exemplo dos manifestos políticos, prometem coisas que jamais serão realizadas.
    Já o Manifesto Neoconcreto caracterizou-se por não fazer promessa nenhuma. Trata-se de um texto nascido da constatação do que estava sendo realizado: nos trabalhos de Lygia Clark, Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Aluisio Carvão, Lygia Pape e dos poetas do grupo, algo surgira que diferia da concepção concretista herdada de Max Bill e dos conceitos da Escola de Ulm.
    O fator principal dessa diferença era, no caso dos cariocas, o predomínio da busca intuitiva, ainda que sem romper com o rigor construtivo que caracterizava a arte concreta. A teoria do não objeto, por exemplo, surgiu como consequência de um trabalho de Lygia Clark que ela não sabia como classificar. Não era escultura, não era pintura, não era relevo. Entendi que era um objeto, mas um objeto sem função: só significação. Daí chamá-lo de "não objeto".
    Disse, certa vez, que o primeiro "Bicho", de Lygia Clark, se inspirara no meu livro-poema "fruta". Mas observei, nesse mesmo texto, que era uma característica do nosso grupo a troca permanente de ideias e experiências, uma vez que estávamos frequentemente juntos a mostrar uns aos outros o que realizávamos.
    A experiência neoconcreta foi muito rica, porque, particularmente no terreno das artes plásticas, levou às últimas consequências uma linha de experiência estética que começou no cubismo.
    Esse processo de vanguarda terminou por desintegrar a linguagem artística. Resumindo: um dos objetivos surgidos dessa busca - a criação de uma arte não figurativa - conduziu Casemir Malévitch a pintar o quadro "Branco sobre Branco", que, a meu ver, estava a um passo do fim da pintura: a tela em branco. A saída que encontrou, então, foi abandonar a tela e partir para construções no espaço tridimensional, que chamou de "Construções Suprematistas".
    Pois bem, Lygia, por outros caminhos, também chegou à tela em branco e - embora ignorando o que fizera o artista russo - partiu também para as construções no espaço tridimensional, que são os "Bichos".
    Mas Lygia, antes de dar esse passo, desistira de pintar e passara a agir materialmente sobre o quadro, criando o que chamaria de "Casulos". Foi então que fiz os livros-poema, também para superar um impasse com que me defrontara ao escrever o poema "verde relva".
    Ao ver que o leitor, diante da repetição da palavra verde, não lia o poema palavra por palavra, como eu pretendia, decidi escrevê-lo no verso das páginas, para obrigá-lo a isso. Intitulei-o de livro-poema porque ali poema e livro eram uma coisa só. O livro-poema "fruta" já não era um livro, embora feito em papel: o leitor o abria como se abrisse uma fruta, gomo por gomo.
    Ao vê-lo, Lygia percebeu nele a solução para o impasse a que chegara e criou os seus "Bichos". No livro-poema, o manuseio não era invenção, já que livro é manuseável; nos "Bichos", sim.
    Por isso mesmo o defini como "um ser novo no universo da arte". Era fascinante esse diálogo da poesia com as artes plásticas.
Das Folha de S. Paulo

Manchetes dos jornais

lMaranhão
JORNAL PEQUENO - STF deverá import vetos a supersalários no Senado Federal
O ESTADO DO MARANHÃO - Cotolicismo perde fiéis; outras religiões avançam em São Luís
O IMPARCIAL - Solidão: Prejudicial como fumar 15 cigarros
Nacional
CORREIO BRASILIENSE:Verba federal para empresa de fachada
FOLHA DE S. PAULO:Embaixada do Brasil nos EUA foi grampeada
ESTADO DE MINAS:A nova corrida do ouro
O ESTADO DE S. PAULO:Rebeldes avançam para tomar cidade natal de Kadafi
O GLOBO:Falta de cadastro permite até 27 identidades por habitante
ZERO HORA:Gosto pelo confronto emperra o Rio Grande
Regional
DIÁRIO DO PARÁ:Diário 29 anos. Obrigado, leitor!
JORNAL DO COMMERCIO:Carro invade banca de revista e mata idosa
MEIO-NORTE:Ensino público atrai alunos da rede privada
O POVO:Aposentados -15 dicas para não cair em fraudes