15 de abr. de 2011

Carta dos bispos ao povo do Maranhão

    Carta dos bispos do Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão) aos Presbíteros, Diáconos, às pessoas consagradas, aos fieis leigos e leigas, bem como a todas as pessoas que atuam na defesa e na promoção da vida no Maranhão
“Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão” (Mt 9, 36)
    Nos dias 12, 13 e 14 de janeiro próximo passado, realizamos nossa reunião anual, desta vez em Carolina, no sul do Maranhão. A partir de relatórios, apresentados por diversos setores da Igreja, e de nossa própria vivência pastoral, pudemos mais uma fez refletir sobre a realidade maranhense. Ao contemplarmos a situação de nosso povo, lembramo-nos de Jesus de Nazaré e fomos tocados por sentimentos de compaixão, pois a dura verdade é que grande parte desse povo continua vivendo em situação de sofrimento e de abandono.
Um momento de otimismo
    À primeira vista, parece predominar no meio do povo um sentimento de otimismo e de euforia. Verificam-se intensas expectativas para com o futuro imediato. Há no ar um sentimento difuso de otimismo. De onde provém esse sentimento?
    De um lado, este sentimento parece advir das numerosas promessas oficiais de empregos, de investimentos de toda ordem e de crescimento econômico generalizado. De fato, não podemos negar que mais pessoas têm subido à classe média, com maior acesso a bens de consumo. Também no campo e nas periferias das cidades, tem havido algumas melhorias através de políticas compensatórias como a bolsa família, energia rural e aposentadorias, fato que tem mitigado a extrema pobreza e freado, em parte, o êxodo rural. Num primeiro momento, o acesso ao mundo do consumo funciona como um estimulante. O esbanjamento de dinheiro – pessoal e público –, o consumo de bens, nem sempre de primeira necessidade, como por exemplo, celulares, aparelhos sofisticados de informática e de carros de luxo, parece exercer nas pessoas um fascínio irresistível.
    De outro lado, essas expectativas – embora genéricas – parecem revelar um desejo humano profundo, legítimo, de caráter pessoal e coletivo, de sair definitivamente de uma situação de dependência, de insegurança e de abandono institucional ao qual foi relegado até hoje o povo maranhense. Parece ser a tentativa de se sentir reconhecido como cidadão emancipado, mesmo que inserido num sistema que o obriga a consumir e a gastar compulsivamente, a se endividar e a parecer aquilo que não é na realidade.
    Na vida intra-eclesial, apesar de nossas fraquezas, limitações e pecados, podemos chamar a atenção para dois dados positivos.
    Em 2010, com a nomeação de cinco novos bispos para o Maranhão – bispos diocesanos para Coroatá, para Caxias, para Brejo e para Viana e bispo auxiliar para São Luís –, uma terça parte do episcopado maranhense foi renovado, observando-se que, com exceção do último, todos os outros provêm de nossas comunidades locais.
    O outro dado positivo em nossa vida eclesial é a constatação que, nas três últimas décadas, como fruto de um trabalho contínuo e perseverante, verifica-se um aumento significativo do clero local, formado aqui mesmo no Maranhão. Embora ainda em número insuficiente, esses presbíteros, jovens em sua maioria, sinalizam para uma Igreja cada vez mais enraizada e presente na vida do povo.
    Olhar para o futuro com otimismo e esperança é condição primeira e indispensável para qualquer mudança da realidade presente. Tal atitude, porém, pode ocultar uma tendência quase inconsciente em remover sentimentos de impotência perante a realidade atual. De fato, não podemos negar que a realidade social e econômica do Maranhão é particularmente dura e iníqua. Como bispos, queremos nos associar àquelas ovelhas que, mesmo “no vale das sombras não temem mal algum”, pois, afinal, o Senhor é o único pastor e guarda do rebanho que nos conduz “por caminhos bem traçados e nos faz descansar junto às fontes de águas puras” (cfr. Salmo 23).
    Está na hora de se fazer uma inversão de prioridades e valores
    Sentimos que chegou a hora de não mais aceitar que se jogue com os sentimentos e as expectativas de nosso povo, vendendo-lhes promessas mirabolantes de que tudo, a partir de agora, vai melhorar. Estamos às vésperas da comemoração dos quatrocentos anos da chegada dos europeus a essas terras. É um momento oportuno de se fazer um resgate histórico das formas de luta por liberdade, de resistência à escravidão, de testemunho de coerência de grupos sociais e de evangelizadores que têm marcado positivamente a história de nosso Estado. Esse resgate nos ajudará a fortalecer um projeto popular independente e soberano.
    A história do Maranhão, do Brasil tem sido marcada pela apropriação por parte de pequenos grupos, mediante influências políticas e corrupção ativa, daquilo que pertence a todos. Esses pequenos grupos fazem do bem público um patrimônio pessoal. Talvez por esse motivo, a maioria da população cuide tão mal de nossas praças e ruas, de nossas escolas e hospitais, de tudo aquilo que deveria estar a serviço de todos. Seria talvez uma maneira de reagir – certamente equivocada! – a esse tipo de apropriação indébita.
    Para inaugurar um novo momento histórico, precisamos nos educar para um trato totalmente novo, mais ético, com o bem comum. Sentimos que chegou a hora de se fazer uma radical inversão de prioridades e valores. Não podemos deixar que o Estado continue colocando sua estrutura a serviço quase exclusivo dos grandes exportadores de minério, de soja, de sucos e carnes, construindo-lhes as infra-estruturas necessárias para obter sempre maiores dividendos. Ao contrário, ou paralelamente a isto, os aparatos do Estado devem estar a serviço da integridade humana de todos os seus cidadãos e cidadãs.
    Preocupa-nos sobremaneira que, em nome de um ilusório e equivocado desenvolvimento, entendido de forma redutiva como desenvolvimento exclusivamente econômico – e não na sua acepção integral –, empresários, quadrilhas de colarinho branco, setores do Estado e do Judiciário pisoteiem direitos básicos, transgridam impunemente normas ambientais, desconsiderem medidas básicas de prevenção de saúde pública, agridam povos e territórios tradicionais, rios, matas e seres vivos em geral.
    É urgente que produzamos sinais de uma nova sociedade na qual se proceda efetivamente a uma “inversão de prioridades”, investindo-se maciçamente em saneamento básico universal, em água potável, na distribuição equânime de terras férteis para quem trabalha nela, em unidades hospitalares para todos, em educação formal de qualidade. Está na hora de se fazer uma inversão de prioridades e valores também em relação ao papel do Estado e de seus representantes. Estes estejam em permanente escuta da sociedade civil, dos movimentos sociais, do povo e das suas legítimas aspirações e propostas para um verdadeiro bem comum.
    Juntos a favor de “um novo céu e uma nova terra” (Cfr. Ap 21, 1). Não podemos sonhar com uma nova sociedade se nos deixarmos arrastar por sentimentos de indiferença e de derrota. É preciso, ao contrário, mobilizarmos corações e instituições que ainda possuem sentimentos de compaixão e de justiça. É tempo de missão e de conversão pastoral.
Como pastores
    Juntamente com as nossas comunidades, pastorais e movimentos –, queremos apostar no surgimento de uma nova consciência para que o direito e a justiça se unam definitivamente; para que aquelas instituições públicas que são chamadas a defender os direitos coletivos de nosso povo – Ministério Público, Defensoria Pública, Conselhos e outros – não se omitam. E que assim, como fruto deste esforço e compromisso coletivo, ninguém tenha poder de matar os sonhos e os desejos de felicidade de cada criança, de cada mãe e pai, de cada jovem do nosso Estado.
    Saudamos a todos em Cristo Jesus. Para a nossa Igreja pedimos a graça da coerência e da coragem para que ela possa continuar a missão de Jesus de Nazaré, levando luz aos cegos, liberdade aos cativos, esperança e a dignidade aos pobres de nossa terra (Cfr. Lc 4, 14ss).
São Luís do Maranhão, 14 de fevereiro de 2011
Armando Martín Gutierrez – bispo de Bacabal
Carlo Ellena – bispo de Zé Doca
Enemésio Ângelo Lazzaris – bispo de Balsas
Franco Cuter – bispo de Grajaú
Gilberto Pastana de Oliveira – bispo de Imperatriz e presidente do Regional NE-5
Henrique Johannpoetter – bispo emérito de Bacabal
José Belisário da Silva – arcebispo de São Luís do Maranhão
José Soares Filho – bispo de Carolina
José Valdeci Santos Mendes – bispo de Brejo
Ricardo Pedro Paglia – bispo de Pinheiro
Sebastião Bandeira Coêlho – bispo de Coroatá
Sebastião Lima Duarte – bispo de Viana
Vilsom Basso – bispo de Caxias
Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges – bispo emérito de Viana
Do Blog da CNBB

Tadeu Palácio deve responder ação por ato de impobridade

    A 2ª Câmara Cível do TJ, em sessão na quinta-feira, 14, determinou o prosseguimento de ação movida contra o ex-prefeito de São Luís, acusado de utilizar-se da estrutura municipal para promover publicidade pessoal.
    A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Estadual, mas não foi admitida pelo juízo da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, que considerou irrelevante o prejuízo causado ao erário.
    Em recurso ao TJ, o MPE alegou que o ex-prefeito, no exercício do cargo, praticou autopromoção através da distribuição de panfletos educativos voltados ao trânsito da capital, ilustrados com fotografias suas e frases em primeira pessoa, além de matérias de cunho pessoal lançadas por assessorias de comunicação oficiais e veiculadas em jornais de grande circulação no Estado.
    A relatora do recurso, desembargadora Raimunda Santos Bezerra, acatou o pedido do MPE, reformando a decisão inicial para que o pedido seja recebido e a ação prossiga regularmente.
    A magistrada rejeitou as alegações da defesa do ex-prefeito, entendendo que a moralidade administrativa constitui princípio constitucional, e sua afronta pode e deve ser questionada por meio de ação civil pública.
    Argumentou ainda que a ocorrência de ofensa a direito da comunidade e lesão ao erário precisam ser analisados durante o processamento e julgamento da ação.
Da Assessoria do MPE

Beija Flor vem para o beija mão com Roseana com chances de lavar a burra

    A escolha dos 400 anos de São Luís como enredo da escola de samba Beija Flor de Nilópolis, do Rio de Janeiro, antes mesmo que seja selada, provoca reações mais contrárias que favoráveis.
    Carnavalescos ligados às escolas-de-samba maranhenses e às outras agremiações acham que o financiamento da escola carioca pelo Estado esvaziará os cofres para os nativos. Recheados nos últimos anos pela política de cooptação. Afinal, quem não bate palma para tamanhã bondade. Até mesmo a Bandida cai nessa praia.
    Logo, logo surgiram os defensores da genial ideia de colocar o Maranhão - e os seus 400 anos de descobrimento (sic) - na mídia internacional de carona com as suculentas mulatas cariocas.Da Madre Deus devemos oferecer Patativa para ser destaque ou rainha da bateria.
    Fosse essa coca-cola toda o convite dos dirigentes da escola azul e branca do Rio de Janeiro, nas ruas do centro histórico de São Luís se andaria tropeçando em turistas, e não nos buracos  ou outras saliências protuberantes da falta de cuidado dos setores públicos com o patrimônio. "Venha ver de perto como se abandona o patrimônio cultural da humanidade", deveria ser a placa posta em um dos portais erguidos com recursos da Secma, pós-desfile vitorioso ou não no Sombódromo do Rio.
    Fruto maduro da mídia, a governadora do Estado costuma abrir sorrisos em fotos ao lado de Felipe Dylon (o dublê de surfista e cantor que aqui esteve para ajudar as vítimas das enchentes), de Guilherme Fontes (o ator trambiqueiro que passou a perna em Chatô e veio pedir financiamento do rico Maranhão para concluir o filme nunca concluído) e até com um dos filhos de Francisco, Zezé.
    O carnaval carioca será uma oportunidade ímpar de momentos de celebridade e também a panacéia que faltava para banirmos de vez a violência, o analfabetismo, as escolas ruindo, e toda a ala do Bolsa Família, a maior do Brasil.

Psiquiatra diz que Hospital Nina Rodrigues é pau de dar em doido

    Estarrecedor é o quadro do Hospital Nina Rodrigues, único da rede estadual para tratamento psiquiátrico em São Luís. Em entrevista à Rádio Mirante ensejada pela tragédia do Realengo (Rio), o psiquiatra Hamilton Raposo, pincelou o horror no tratamento aos doentes de todo estado que chegam às carradas na casa de saúde do Monte Castelo.
    Sem banheiros no ambulatório e outras mazelas cumulativas o médico ainda acredita que a saída seja serviço público.
    Segundo Raposo, o corte de 30% nas despesas, adequação a uma política de contençãoo adotada pela Secretaria de Saúde do Estado com todo apoio da direção da casa, serviu pelo menos para promover a isonomia entre a alimentação dos médicos e funcionários do Nino Rodrigues.
    A preocupação do psiquiatra Raposo é com os deficientes que cometem delitos. Não há para onde mandá-los. Resta o confinamento. Alguns são mantidos acorrentados, como forma de impedi-los de evadirem-se. Com ajuda do SUS os deficientes são destinados às poucas casas de tratamento na capital. Muitas ambulâncias, segundo Raposo, que vêm do interior despejam os doentes e retornam aos municípios de origem.
    Não bastasse as deficiências e limitações do hospital, os familiares dos doentes contribuem sobejamente para agravar o quadro. Ao menos 52 doentes foram abandonados pela família no hospital. Xaxado e Maria das Neves, são exemplos desse repugnante desprezo. Doentes mentais, estão há mais de trinta anos residindo na casa.
    A nova política do Ministério da Saúde no tratamento de deficiências mentais enxugou a clientela residente dos hospitais psiquiátrico nos últimos anos. Como consequência o tratamento piorou demasiadamente, pelo menos no Hospital Nina Rodrigues.
    Um rosário de deficiências foram elencadas pelo psiquiatra durante a entrevista que, para se resguardar, reputa o serviço público como o melhor para dar solução aos graves problemas de saúde. Um contra-senso do ato falho.

Galpão abandonado vira desembarque de aeroporto do Maranhão

Para quem quiser aguarda no galpão
Wilson Lima
    Um galpão da Vasp, abandonado há quase cinco anos, foi transformado na nova área de desembarque de passageiros do aeroporto Marechal Cunha Machado, em São Luís. O aeroporto foi interditado há três semanas para obras de recuperação do telhado do terminal.

Placa de escárnio dos taxistas
     No primeiro dia de funcionamento da nova área de desembarque do aeroporto de São Luís, com aproximadamente 600 metros quadrados, os monitores com informações de chegada de vôos ainda não funcionavam. Havia muita poeira no local e os trabalhadores ainda davam os últimos retoques no galpão. As esteiras de distribuição de bagagem também foram montadas às pressas no local. “Cheguei aqui e vou ter que limpar a minha bagagem por causa da grande poeira daqui”, reclamou a estudante Maria Martins, de 21 anos, de São Paulo, em sua primeira visita a São Luís.

Placa do aeroporto de São Luís ainda decorada para o Natal
     Na saída da área de desembarque havia até poças de lama e muita sujeira. “Estão fazendo essa obra de qualquer jeito. Isso destrói a imagem de São Luís”, disse o representante comercial Márcio Cantanhede, natural da capital maranhense. Após a interdição do aeroporto, a área de desembarque funcionou, durante estas três primeiras semanas, em um antigo posto de táxi, coberto apenas por uma tenda.
    O uso do galpão da Vasp foi apenas mais um dos vários improvisos já adotados no terminal de passageiros de São Luís após a sua interdição. Segundo a direção da Infraero no Maranhão, os transtornos serão temporários. Essas obras emergenciais de adaptação do aeroporto devem durar pelo menos mais dez dias. Em mais 150 dias, segundo promessa da Infraero, deve ser concluída a reforma do terminal de passageiros. A reportagem do iG lista abaixo alguns serviços que, neste momento, as pessoas não terão no aeroporto de São Luís ou estão funcionando em condições precárias.
Banheiros
Existem apenas os da antiga dependência administrativa da Infraero, na área de embarque. Ainda assim, são banheiros pequenos, com poucas pias e vasos sanitários. Na área de desembarque, no galpão da Vasp, foram disponibilizados dois banheiros químicos. Um masculino e outro feminino.
Bancos
Antes da interdição, o aeroporto tinha caixas eletrônicos de todos os bancos. Hoje, não existem caixas eletrônicos de nenhum banco. A agência bancária mais próxima do aeroporto de São Luís fica distante aproximadamente dois quilômetros do aeroporto. Isso se a pessoa for correntista da Caixa ou Bradesco. Se for correntista de outro banco, a distância entre o aeroporto e uma agência bancária é ainda maior.
Alimentação
Hoje, o aeroporto não tem mais serviços de restaurantes. Na área de embarque foram improvisados três estandes que servem como lanchonetes. Cochinhas e pastéis são servidas normalmente. Lanches mais “complexos”, como hambúrgers, também são servidos - mas demoram.
Bagagem
Após a interdição, o despacho de bagagem funcionou precariamente na saída de veículos de carga do aeroporto. Hoje, foi transferido para o galpão da Vasp. Não há climatização no local e os passageiros precisam enfrentar o calor e ter paciência para esperar por até 30 minutos sua bagagem.
Climatização
Tanto na área de embarque quanto na de desembarque os aparelhos de ar-condicionado funcionam parcialmente. Em dias mais quentes, como esta quinta-feira, quando chegou a fazer 32° em São Luís, o sistema não ajudou muito a diminuir o calor. Na área de desembarque a situação é ainda pior porque a climatização ainda não foi instalada.
Transporte
Quem chega para embarcar ou desembarcar em São Luís precisa ter um pouco de paciência. O acesso aos terminais de embarque e desembarque são feitos em fila única pela falta de espaço. Na prática, em horários de pico, taxistas e outros condutores dividem o mesmo espaço e sempre ocorrem congestionamentos no local.
Compras
Neste primeiro momento, apenas os serviços mais essenciais foram disponibilizados. Ou seja, funcionam apenas as lojas das empresas áreas, lanchonetes e uma banca de revista. Lojas de artesanato, balcões de orientações turísticas e lojas de aluguel de veículos não estão funcionando. A promessa da Infraero é que nos próximos dias esses serviços voltem a funcionar.
Passagens
Quem precisar comprar passagens em São Luís terá de usar guichês com extensão de pouco mais de dois metros que foram transferidos para um local acanhado, na extrema direita da área de check in.
Taxa de embarque
Mesmo com tantos transtornos e problemas, ela continua sendo cobrada, ainda que com desconto. Com a medida, a taxa de embarque em vôos nacionais caiu de R$ 20,66 para R$ 13,44.
Do IG

Cresce circuito LGBT na ilha do amor

    O arco-íris se engrossa na cidade. Na cabeça e no rabo da serpente o público denominado GLBT e simpatizantes está bombando em São Luís. Quatro boates, três cinemas no centro histórico, uma saúna orientam a clientela na área do centro histórico da cidade. Na entrada da cidade duas outras boates atraem para a diversão gays, lésbicas, bissexais, transexuais, e quem quiser participar da brincadeira. Na maior parte das opções é preciso ter algum no bolso.
    Nesta sexta-feira, 15, o tom se adensa com a inauguração da Gatos & Sapatos, boate localizada na entrada ou saída da cidade. Os donos apresentam-na como kizomba mix, espaço onde as opções se mituram à gosto do freguês. O endereço mundano está na rede. Em breve no centro histórico mais um casarão será ocupado por uma boate com nome de mulher.

Na casarão da Rua da Palma a atração aparece no final de semana

    Tão antiga quanto os dois pinguins da placa luminosa da Antarctica dependurada meio torna na porta, a balzaquiana Pedrita reúne o público LGBT mais maduro da cidade, e visitantes. Fica no São Cristovão (Veja roteiro),a poucos metros do quilometro 0 de São Luis. Na primeira boite para o público sexualmente eclético de São Luís, com 37 anos completados em 2011, o L tem velcro e voz forte.
Na buraqueira pra curtir
    Um pouco mais à frente da Pedrita fica a Marrocos. No lugar já foi uma saúna com direito às explosão de cores e janelas discretas na fachada. Entre o público que gosta, a boate não é mais recomendada. Tem seus encantos da noite, mesmo com tantos buracos na porta. È entrar na buraqueira e curtir, como dizem os frequentadores. Aliás, curtir tem múltiplos significados nesse universo.
    Na tombada Praia Grande, no centro histórico da cidades os CEPs para o público LGBT ocupam casarões e aumentam a cada dia, correndo atrás do público que cresce em proporção geométrica na cidade.

Placa indicativa no canto do Beco da Prensa, no centro histórico

    A estratificação do público é feita mediante a munição no bolso. Quem tem bala sobe ladeira. Esprimida no Beco da Prensa está a Observatório. Para os íntimos a OBS. A partir do dia 14 de abril o ingresso terá preço único: R$ 15,00. Por ora a promoção funciona às sextas e sábado antes da meia-noite.
    Com cara de casa grande a Candy, na Rua da Palma, é para esticados. Cobra o olho da cara pelo ingresso. Menos de R$ 30,00, só antes das 11 horas. As portas abrem faltando poucos minutos para o horário da promoção.
    Identificada apenas a partir da sexta-feira a Metal SLZ, na mesma rua da Palma, segue a cartilha GLTB. Tanto que na programação inclui apresentação de deliciosas popozudas para atrair espadas. Acima de tudo, porém, o que interessa é a diversão, como afirma Anita Cystally, tyravesti que frequenta os endereços mais acessíveis. Há uma regra: em boate não se fala de programa. Pelo menos entre travestis.
    Incluído nos projetos da prefeitura de São Luís para virar um teatro da Fundação Municipal de Cultura, o Cine Roxy resiste como sala de exibição de filmes pronôs. O gênero da plateia é masculino. Os dias contados fez o grupo empresarial que explora o local abrir novo endereço, o New Roxy, na rua do Sol 297, em frente ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão. No novo espaço duas salas tentam orientar as preferências do público. O mesmo acontece no Cine Bar, na rua de Nazaré. Não é difícil encontrar, é só perguntar para algum entendido. Como diz o colunista, te joga, em cima do Bolsonaro!
ROTEIRO LGBT
Bares e Boates
CANDY – Em um casarão datado de 1836. Na Rua da Palma ( Praia Grande - Centro), área da antiga zona do baixo meretrício. Abre às sextas e sábados. Ingresso: R$ 20,00 (até 23 horas) e R$ 30,00.
GATOS E SAPATOS – Com endereço na Rua Bom Jesus, Nº 8, Qd - 122, Jardim São Cristovão.
LA PRENSA – Em um casarão de azulejos portugueses. Na Rua da Estrela (Praia Grande - Centro), funciona somente às sextas-feiras, a partir das 22 horas.
METAL SLZ – Fica também na rua da Palma, quase de frente com o Beco da Pacotilha, no centro histórico de São Luís. A placa só é colocada nos dias de funcionamento. No resto da semana ninguém sabe o que funciona ali. Na Rua da Palma (Praia Grande –Centro). Ingressos:
MARROCOS – Localizada no bairro São Cristovão. Na Rua Nova Betel (São Cristovão). Aberta de quinta a sábado.
MARLENE –Na Avenida Litorânea, a primeira barraca da Praia de São Marcos. Atende de segunda a segunda até as 20 horas.
OBSERVATÓRIO – Em um beco do tempo da fundação de São Luís. No Beco da Prensa (Praia Grande - Centro). Ferve nas sextas e sábado.
PEDRITA – Tem história que nem presta na cidade. É a tia das boates dos entendidos. Na Rua São Jorge (São Cristovão), funciona nas sextas e sábados. A música também é para gostos ecléticos. Ingressos: R$ 6,00.
VIA 107 - . Na Rua da Paz, 107 (Centro).
Saúnas
GO, 63 – Instalada em um casarão do século XIX funciona de terça a domingo. Rua da Saavedra (Centro). Informações pelos telefones: 32210064*8881-1680
Salas de cinema
CINE-BAR – Funciona de segunda a segunda das 9h30 às 21 horas. Ingresso: R$ 5,00. Rua de Nazaré e Odylo – Centro
NEW ROXY – Funciona de segunda a segunda das 9 as 21 horas. Às quartas-feiras tem promoção: ingressos R$ 3,00, cerveja R$ 2,00 (a lata). Rua do Sol – Centro

Desembargador se diz surpreso com manutenção da censura ao jornal O Estado de S. Paulo

Rosa Costa
BRASÍLIA - Autor da censura ao Estado que já dura 623 dias, o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, desembargador Dácio Vieira, que sempre negou relações com o senador José Sarney (PMDB-AP), esteve nesta quinta-feira, 14, com o presidente do Senado para acelerar questões de interesse do tribunal.
    Apesar de conviver socialmente com Sarney e com o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia, o desembargador não se considerou impedido para julgar o pedido do empresário Fernando Sarney, filho do senador, de proibir o jornal de publicar qualquer informação sobre a investigação de que é este é alvo na Polícia Federal. Na ocasião, o jornal entrou com pedido de impedimento para reverter a censura sobre a operação Boi Barrica, da PF, que apurou supostas irregularidades nos negócios da empresa de Fernando - entre as quais tráfico de influência, lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público.
    Mesmo com a publicação de fotos suas ao lado de Sarney, e de testemunhos de sua ligação com ele, o desembargador manteve a tese da isenção absoluta para julgar o caso. Numa segunda tentativa, o jornal conseguiu obter seu impedimento junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que, no entanto, manteve a censura.
    Flagrado em audiência com Sarney nesta quinta,14, ele tentou demonstrar surpresa com a manutenção da censura ao jornal, que justificou como decorrência de a investigação correr em segredo de justiça. Não conseguiu explicar, porém, por que outros jornais puderam publicar matérias sobre o mesmo tema. "É, mas a dimensão, a briga judicial, realmente começou com o Estado de S. Paulo. Infelizmente aconteceu com o Estadão, um periódico nacional que eu respeito muito."
De O Estado de S.Paulo

Manchetes dos jornais

Maranhão
ATOS E FATOS - Promotor de justiça aplica golpes e estado é condenado
CORREIO DE NOTÍCIAS - Desastre ecológico na hidrelétrica de Estreito
JORNAL PEQUENO - Assembleia vai investigar destino de R$ 95 milhões para enchentes
O ESTADO DO MARANHÃO - 15 milelegem hoje diretores de centros da UFMA
O IMPARCIAL - Bancada governista sem discurso na Assembleia
Nacional
CORREIO BRASILIENSE:Petista manobra para abafar CPI do DFTRANS
FOLHA DE SÃO PAULO:Triplica o número de policiais civis expulsos em SP
O ESTADO DE MINAS:Este homem é um dos heróis de nossa história...e, 213 anos depois, vai descansar em paz
O ESTADO DE S. PAULO:Em 100 dias, governo Dilma usa só 0,25% da verba do PAC
O GLOBO:Governo afrouxa controles para garantir obras da Copa
VALOR ECONÔMICO:Nova queda do dólar terá pouco impacto na inflação
ZERO HORA:Supersafra de soja injeta R$ 8,8 bi no RS
Regional
DIÁRIO DO PARÁ :Servidores ganham aumento
JORNAL DO COMMERCIO:Menores confessam assassinato de Nanda
O POVO:PM será investigado por negociar fuga e armas