27 de mar. de 2011

Cacuriá do Laborarte ganha prêmio de dança da Funarte

Grupo maranhense está entre os 40 selecionados
    Com o projeto 'Vamos Cacuriá Brasil" o Laborarte foi contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2010. A relação foi divulgada na semana passada pela Funarte que também comunicou que os recursos destinados aos projetos estavam disponíveis até sexta-feira,25. Os contemplados terão 250 dias para executar o projeto, a contar da data do depósito.
    Do Maranhão apenas o Laborarte vai receber investimentos. Dez projetos do Norfeste foram escolhidos, Entre eles, três do estado do Ceará.Quarenta projetos referentes à circulação nacional de espetáculos e a outras atividades de dança receberão prêmios de até R$ 100 mil.Mais de 650 projetos foram inscritos no programa. A análise do material coube a uma comissão formada por especialistas das cinco regiões do país
   Com investimento total de R$ 3 milhões, o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2010 foi concedido a 40 projetos da área de dança, submetidos por pessoas físicas ou jurídicas de todo o país. As propostas podem se referir à circulação nacional de espetáculos e a outras atividades de dança. A lista de projetos classificados foi divulgada em 19 de novembro de 2010.

Filho de Jackson Lago ataca Flávio Dino em artigo

O imbróglio acabou
Igor Lago
Um ministro, o recentemente nomeado, o senhor Fux, deu o seu voto sobre a questão da aplicabilidade da lei ficha limpa já para as eleições de 2010.
    Reconheceu, como todos nós, a importância da lei para o combate à corrupção brasileira.
    Votou contra! Apesar de toda a pressão das corporações jurídicas que tem atuado de forma que deixa a desejar em muitos aspectos, especialmente o ético e o moral.
    Mas, como muitos de nós, respeitou a Constituição Federal -esse pedaço de papel que, com seus artigos e coisas e tal, nos garante muitas coisas, dentre elas, os direitos e deveres de cidadão. Seja feia ou bonita, completa ou incompleta, conservadora ou progressista, esse pedaço de papel- o nosso maior papel-, deve ser cuidado e tratado com carinho e afeição. Não pode ser alterado ao bel prazer de uns e outros, mesmo que os motivos sejam justos.
    Me vem à memória uma máxima que o grande pensador italiano Norberto Bobbio gostava de citar: ” O fim bom salva até os piores meios ou os meios maus corrompem até os piores fins?”. Cabe a cada um de nós julgar!
    Agora, neste exato momento, congratulo a decisão do STF. Me junto à felicidade do casal Capiberibe que foi injustamente cassado no ano de 2004 numa manobra rasteira(como sempre!) de senhores da estirpe de um José Sarney, Nelson Jobim e Renan Calheiros.
    Me junto à felicidade do governador Cunha Lima, que foi vítima da perseguição sarneysista, a fim de encobrir o que viria logo a acontecer naquele Tribunal Superior Eleitoral a respeito do Maranhão no final de 2009. A estratégia era cassar primeiro o governador da Paraíba e, logo a seguir, o do Maranhão. Assim, acreditavam os senhores de nossos destinos que seria mais assimilável à opinião pública a cassação de um governador que derrotara a mais atrasada oligarquia brasileira.
    Essa decisão torna o Brasil menos pequeno, pois aqui, nesta terra feita para os outros, desde sempre, aos trancos e barrancos, pois fomos feitos para atender aos portugueses, depois ingleses e americanos, às vêzes, tomamos o nosso destino nas nossas mãos(como agora), em decisões e disposições como esta.
Infelizmente, as eleições já se passaram. Não tivemos esse julgamento antes das mesmas.
    No Maranhão, esse imbróglio afetou em cheio a candidatura daquele cidadão que tinha a maior legitimidade de ser candidato ao governo, pois fora vítima de um dos piores erros de um Tribunal jurídico brasileiro. Tribunal Superior, digamos de passagem! Afetou as candidaturas do Ministro Vidigal e do deputado federal Roberto Rocha que poderiam ser melhor avaliados e votados.
    Lembro do oportunismo de algumas figuras que usaram e abusaram desse imbróglio como mote principal de suas campanhas. Lembram dos senhores Zé Reinaldo e Flávio Dino? O que eles diziam nas suas reuniões pelo estado? Que o Jackson não pode ser candidato! O voto no Jackson não vale! O Jackson foi cassado e é ficha suja!
    Mero oportunismo de figuras gatunas loucas e sedentas pelo poder. A primeira acabou e, a segunda, desfila como uma espécie de Rei Luis XIV da França na oposição (?), o inesquecível Rei Sol? De novo, só a idade, pois a forma como tentou entrar na política em anos anteriores e, como finalmente entrou em 2006, usando de sua toga de juiz e as mesas do Palácio dos Leões, após ter caído nas graças do governador de então – o senhor Zé Reinaldo-, tornou-se um deputado federal eleito ao estilo dos piores representantes da oligarquia maranhense.
    Destacou-se no Congresso como representante das corporações jurídicas, mas não me lembro de nenhum discurso do senhor Flávio Dino denunciando as mazelas da oligarquia, assim como não li nenhum de seus prolixos artigos de quarta-feira no Jornal Pequeno(que se transformou num panfleto do senhor Tavares) tratando a respeito da cassação do governador perseguido pela Oligarquia que lhe apoiou nas eleições de 2008 em tudo e de todas as formas.
    Pois aí está, senhores, o resultado final de seu oportunismo! Uma vitória da Oligarquia no primeiro turno que vocês ficam alegando somente às costumeiras fraudes; mas, eu acrescento que também foi resultado das manobras sujas e chulas usadas por vocês durante a campanha eleitoral para atingir a candidatura Jackson Lago. Induziram o eleitor anti-sarney a votar no candidato Dino com as estórias já citadas e, com isso, também levaram muitos eleitores e líderes políticos a votar na candidata Roseana. Foi um resultado circunstancial! Acredito que a organicidade das oposições não está representada nesse resultado de 2010, pois o mesmo foi deturpado violentamente pelo imbróglio Ficha Limpa e a esperteza dos concorrentes.
    Política com “P” maiúsculo não se faz só com conversa. Se faz com retidão, com respeito à Moral e à Ética, com respeito à Democracia e seus mais elementares valores.
Até breve.
Do Jornal EXTRA

Hora do Planeta - Os Pedreirenses apagam as luzes para ver um Mundo melhor

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Dia Internacional do Teatro

Teatro Arthur Azevedo em São Luís (MA)
 

No Painel da Folha de S. Paulo

contraponto

Pequeno e estridente
Deputados foram convidar Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP) para o ato de instalação da Frente Parlamentar pela Reforma Política. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) resolveu brincar:
-E então, presidente Marco Maia: a bancada do PSOL está dando muito trabalho ao senhor?
Diante dos deputados do partido, o petista brincou:
-E como! Você nem imagina...
-E eles são três. Imagine se fossem 30...
-Se eles fossem 30, seriam mais moderados.
De Renata Lo Prete

Bethânia

Caetano Veloso
Não concebo por que o cara que aparece no YouTube ameaçando explodir o Ministério da Cultura com dinamite não é punido. O que há afinal? Será que consideram a corja que se "expressa" na internet uma tribo indígena? Inimputável? E cadê a Abin, a PF, o MP? O MinC não é protegido contra ameaças? Podem dizer que espero punição porque o idiota xinga minha irmã. Pode ser. Mas o que me move é da natureza do que me fez reagir à ridícula campanha contra Chico ter ganho o prêmio de Livro do Ano. Aliás, a "Veja" (não, Reinaldo, não danço com você nem morta!) aderiu ao linchamento de Bethânia com a mesma gana. E olha que o André Petry, quando tentou me convencer a dar uma entrevista às páginas amarelas da revista marrom, me assegurou que os então novos diretores da publicação tinham decidido que esta não faria mais "jornalismo com o fígado" (era essa a autoimagem de seus colegas lá dentro). Exigi responder por escrito e com direito a rever o texto final. Petry aceitou (e me disse que seus novos chefes tinham aceito). Terminei não dando entrevista nenhuma, pois a revista (achando um modo de me dizer um "não" que Petry não me dissera - e mostrando que queria continuar a "fazer jornalismo com o fígado") logo publicou ofensa contra Zé Miguel, usando palavras minhas.
    A histeria contra Chico me levou a ler o romance de Edney Silvestre (que teria sido injustiçado pela premiação de "Leite derramado"). Silvestre é simpático, mas, sinceramente, o livro não tem condições sequer de se comparar a qualquer dos romances de Chico: vi o quão suspeita era a gritaria, até nesse pormenor. Igualmente suspeito é o modo como "Folha", "Veja" e uma horda de internautas fingem ver o caso do blog de Bethânia. O que me vem à mente, em ambas as situações, é a desaforada frase obra-prima de Nietzsche: "É preciso defender os fortes contra os fracos." Bethânia e Chico não foram alvejados por sua inépcia, mas por sua capacidade criativa.
    A "Folha" disparou, maliciosamente, o caso. E o tratou com mais malícia do que se esperaria de um jornal que - embora seu dono e editor tenha dito à revista "Imprensa", faz décadas, que seu modelo era a "Veja" - se vende como isento e aberto ao debate em nome do esclarecimento geral. A "Veja" logo pôs que Bethânia tinha ganho R$1,3 milhão quando sabe-se que a equipe que a aconselhou a estender à internet o trabalho que vem fazendo apenas conseguiu aprovação do MinC para tentar captar, tendo esse valor como teto. Os editores da revista e do jornal sabem que estão enganando os leitores. E estimulando os internautas a darem vazão à mescla de rancor, ignorância e vontade de aparecer que domina grande parte dos que vivem grudados à rede. Rede, aliás, que Bethânia mal conhece, não tendo o hábito de navegar na web, nem sequer sentindo-se atraída por ela.
    Os planos de Bethânia incluíam chegar a escolas públicas e dizer poemas em favelas e periferias das cidades brasileiras. Aceitou o convite feito por Hermano como uma ampliação desse trabalho. De repente vemos o Ricardo Noblat correr em auxílio de Mônica Bergamo, sua íntima parceira extracurricular de longa data. Também tenho fígado. Certos jornalistas precisam sentir na pele os danos que causam com suas leviandades. Toda a grita veio com o corinho que repete o epíteto "máfia do dendê", expressão cunhada por um tal Tognolli, que escreveu o livro de Lobão, pois este é incapaz de redigir (não é todo cantor de rádio que escreve um "Verdade tropical"). Pensam o quê? Que eu vou ser discreto e sóbrio? Não. Comigo não, violão.
    O projeto que envolve o nome de Bethânia (que consistiria numa série de 365 filmes curtos com ela declamando muito do que há de bom na poesia de língua portuguesa, dirigidos por Andrucha Waddington), recebeu permissão para captar menos do que os futuros projetos de Marisa Monte, Zizi Possi, Erasmo Carlos ou Maria Rita. Isso para só falar de nomes conhecidos. Há muitos que desconheço e que podem captar altíssimo. O filho do Noblat, da banda Trampa, conseguiu R$954 mil. No audiovisual há muitos outros que foram liberados para captar mais. Aqui o link: http://www.cultura. gov. br/site/wp-content/up loads/2011/02/Resultado-CNIC-184%C2%AA.pdf. Por que escolher Bethânia para bode expiatório? Por que, dentre todos os nossos colegas (autorizados ou não a captar o que quer que seja), ninguém levanta a voz para defendê-la veementemente? Não há coragem? Não há capacidade de indignação? Será que no Brasil só há arremedo de indignação udenista? Maria Bethânia tem sido honrada em sua vida pública. Não há nada que justifique a apressada acusação de interesses escusos lançada contra ela. Só o misto de ressentimento, demagogia e racismo contra baianos (medo da Bahia?) explica a afoiteza. Houve o artigo claro de Hermano Vianna aqui neste espaço. Houve a reportagem equilibrada de Mauro Ventura. Todos sabem que Bethânia não levou R$1,3 milhão. Todos sabem que ela tampouco tem a função de propor reformas à Lei Rouanet. A discussão necessária sobre esse assunto deve seguir. Para isso, é preciso começar por não querer destruir, como o Brasil ainda está viciado em fazer, os criadores que mais contribuem para o seu crescimento. Se pensavam que eu ia calar sobre isso, se enganaram redondamente. Nunca pedi nada a ninguém. Como disse Dona Ivone Lara (em canção feita para Bethânia e seus irmãos baianos): "Foram me chamar, eu estou aqui, o que é que há?"
De O Globo

A espada de Dámocles

Ferreira Gullar
A ameaça maior que restou está no uso pacífico da energia atômica, que se mantém nas usinas nucleares pelo mundo    ESTA MINHA mania de dizer que a vida é inventada pode nos ajudar a ver mais claro algumas coisas. Por exemplo, a energia atômica sempre existiu, mas era como se não existisse, até que cientistas a descobriram e inventaram meios de utilizá-la. Isso poderia não ter acontecido, ou ainda não ter acontecido, dependendo de uma série de fatores. Tanto assim que, durante milênios, o homem viveu sem se valer desse tipo de energia.
    Afora a força de seus braços, recorreu à tração animal, à força dos ventos e das águas, até que inventou modos de utilizar o vapor e a eletricidade. Mas lá um dia descobriu-se que a desintegração dos átomos poderia gerar uma energia muito mais poderosa do que todas as energias conhecidas. E poderia ser usada tanto bélica quanto pacificamente.
    O uso bélico teve precedência: construíram-se bombas que, em Hiroshima e Nagasaki, mataram centenas de milhares de pessoas.
    Isso foi em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. Aí começou a Guerra Fria e o equilíbrio de terror determinado pelos arsenais atômicos norte-americanos e soviéticos. O mundo viveu, então, décadas de pânico permanente, temendo todos os dias que algum fato aleatório provocasse a guerra nuclear e, com ela, o fim da humanidade, uma vez que aquelas duas potências militares dispunham de poder atômico capaz de liquidar várias vezes a vida no planeta. Bastaria que um foguete extraviasse, acidentalmente, e tomasse a direção de um daqueles países.
    Por sorte, isso não aconteceu, a Guerra Fria acabou e com ela a corrida atômica. Não obstante, os arsenais nucleares não foram inteiramente destruídos. Além disso, outros países também possuem esse tipo de arma, e há ainda os que trabalharam para tê-la. De qualquer modo, a possibilidade de uma guerra atômica mundial parece descartada. Mas não a ameaça nuclear em si mesma.
    Paradoxalmente, hoje, a ameaça maior, que restou e se mantém, está no uso pacífico da energia atômica, isto é, nas usinas nucleares espalhadas pelo mundo.
    É evidente que o que me leva a escrever sobre esse tema, agora, é o terremoto que atingiu o Japão. Dele decorreu um tsunami devastador que atingiu a usina nuclear de Fukushima, a cerca de 240 quilômetros de Tóquio. Em poucas horas, o grau de radiação, provocada pela explosão de um dos reatores, subia mil vezes acima do nível normal. Duzentas e dez mil pessoas tiveram que ser, imediatamente, evacuadas da região.
    Depois disso, apesar das providências tomadas pelos técnicos, mais três reatores explodiram, vazando vapor, cujas consequências, até o momento em que escrevo, ameaçavam contaminar a população da capital japonesa.
    Esse fato trouxe, inevitavelmente, à memória de todos, a explosão do reator central da usina de Tchernobil, em 1986, na antiga URSS, tido como o maior desastre nuclear já ocorrido. O total de mortos, ao logo dos anos, calcula-se entre 30 e 50 mil.
    Se no caso atual da usina japonesa, a causa foi natural, o acidente de Tchernobil, segundo os técnicos, foi provocado por erros humanos. Como afirmar que não voltarão a ocorrer em qualquer outra usina? A alta tecnologia das usinas japonesas não impediu o desastre, cujas consequências últimas ninguém pode prever. Tudo isso prova que não há garantia de segurança. E o lixo atômico, onde iremos sepultá-lo? Já se fala em pô-lo na órbita da Terra! Já pensou?
    A pergunta que, inevitavelmente, as pessoas se fazem é: por que manter funcionando tais usinas, que são um risco permanente para todos os seres vivos do planeta?
    Não está escrito em nenhum livro sagrado que a energia atômica tem que ser mantida, a qualquer preço. Há outros tipos de energia no mundo, cuja produção é inofensiva. Se a utilização das energias solar e eólica, em escala capaz de atender as necessidades atuais da humanidade, terá alto custo, não será maior que o das usinas nucleares, não apenas com sua segurança e manutenção, mas, sobretudo, com a perda de vidas humanas, a destruição do meio ambiente e os desastres econômicos, como o que agora atinge o Japão: cerca de US$ 250 bilhões.
    Por que teremos que viver com essa espada sobre nossa cabeça?
Da Folha dde S. Paulo

Manchetes dos jornais

JORNAL PEQUENO - Com dinheiro na mão, estado não construiu casas para desabrigados
O ESTADO DO MARANHÃO - Governo Dilma vê CLA como pilar de desenvolvimento
O IMPARCIAL - Compras coletivas atraem consumidor do Maranhão

NO PAÍS
CORREIO BRASILIENSE:Inflação alta traz de volta velhos hábitos
FOLHA DE SÃO PAULO:Donos usam laranjas em concessão de rádio e TV
O ESTADO DE S. PAULO:Consumo no Centro-Oeste é o que mais cresce no Brasil
O ESTADO DE MINAS:Felicidade à venda
O GLOBO:Central nuclear de Angra vai rever segurança de encostas
ZERO HORA:Dilma altera rota da política externa
DIÁRIO DO PARÁ: Taxistas na mira do crime
JORNAL DO COMMERCIO:Recife mais caro
MEIO-NORTE: Câmara vê prova que pode cassar deputado
O POVO:Paixão de torcedor