7 de mar. de 2011

Carnaval de São Luís (MA) 2011: Corso da Melhor Idade resgata antigos carnaval da ilha

Unidos de Fátima e Marambaia: um bairro, duas escolas e o vício do poder

Eugenio Araújo (*)
    O Bairro de Fátima conta hoje com duas escolas de samba de porte médio, a Unidos de Fátima e a Marambaia. Apesar de dividirem endereço ambas traçaram trajetórias distintas nos últimos anos, com alguns pontos em comum: a Marambaia cresceu e apareceu, enquanto a Unidos retraiu-se. Ao mesmo tempo, ambas são administradas há anos de forma tradicionalista, baseada na atuação de presidentes e patronos que não querem deixar o poder,ambas parecem distantes de gozar do nível de representatividade que tem a Favela do Sacavém. O Bairro de Fátima já pouco se reconhece nestas escolas.
    A Unidos de Fátima já ensaiou ser uma grande escola por volta dos finais dos anos 1980 e início dos 90, fazendo desfiles regulares, competindo não pelo título, mas pelas segunda e terceira colocações.
    Nessa época contava com uma importante liderança local, de Dr. Clodomir, morador do Parque Amazonas, apaixonado pela escola que investia nela e ajudava na organização. O grupo de Clodomir era grande, incluindo o amigo Careca e o carnavalesco Chico Coimbra, que chegou a assumir a escola por alguns anos.
    A Unidos era famosa por seus destaques suntuosos, muitos deles fantasias alugadas diretamente no Rio de Janeiro. Mas ao longo dos anos a Unidos de Fátima vem sendo gerida com base na administração personalista do vereador Chico Carvalho, também apaixonado pela agremiação, mas que padece do mesmo mal que assola o grupo sarneyzista da Flor do Samba: não consegue largar o poder.
    “Sem Chico a Unidos acaba”, é o que se ouve comumente quando o assunto vem à tona. Mas, no entanto, “com Chico” a escola vem minguando ao longo da última década, deixando de aproveitar o período de renascimento do folguedo em São Luís – outras escolas menores e mais novas têm crescido mais do que ela.
    A Unidos continua sendo uma escola sem sede própria, com um barracão precário, que não consegue mais mobilizar sua comunidade: a maioria dos seus desfilantes vem de longe, de outros bairros e até da zona rural, das bases político-comunitárias de Chico Carvalho.
    Todas as fantasias são doadas, ônibus têm que pegar e deixar os brincantes em casa. O Bairro de Fátima já não desfila na Unidos. É uma pena! Sem a participação da sua comunidade, qualquer escola de samba só tende a morrer. É ilusão pensar que a atuação de Chico Carvalho continua sendo benéfica: hoje ela impede que a escola se reinvente e comece a andar com as próprias pernas. Sua administração tem afastando possíveis colaboradores.
    Eu mesmo já experimentei isso: em meados dos anos 90, voltando do Rio, Dr. Clodomir e seu grupo demonstraram a intenção de me levar como carnavalesco da escola. Fizemos várias reuniões, determinamos enredo, discutimos preços, e depois de muita negociação Chico Carvalho se negou a assinar meu contrato – coisa que ele não faz até hoje com nenhum profissional.
    O eterno patrono da Unidos só faz “contratos de boca”, e continua determinando tudo sozinho, concentrando o processo administrativo, misturando a escola com a Câmara, desunindo a Unidos.
    Enquanto isso, na Marambaia vemos um quadro semelhante. Lá, a dona do poder é Dona Célia e família, que detém a administração da escola praticamente desde que ela existe. Não há alternância de diretorias, há apenas troca de cargos, mas Dona Célia está sempre lá.
    Embora padeça do mesmo mal, a Marambaia tem obtido resultados diferenciados nos últimos anos: conseguiu erguer uma sede própria, onde quase nada acontece e a acústica é péssima, mas enfim, é uma sede! É pelo menos um lugar coberto onde as pessoas podem se reunir, produzir algo. A escola cresceu numericamente, tem hoje uma das melhores baterias da cidade e parece gozar de mais simpatia do povo do Bairro de Fátima que ainda desfila pela agremiação.
    Esteticamente, a atuação do carnavalesco Guilherme, que durante anos assumiu a escola, parece ter chegado a um termo limite: seus maravilhosos desenhos nunca conseguiram ser executados pela Marambaia – o que de resto é verdade para quase todas as escolas de São Luís.
    Na década de 2000, Marambaia apresentou carnavais nitidamente superiores àqueles que fazia antes (80 e 90), mas a dúvida que fica é a mesma em relação a Unidos: essa situação é sustentável?? Antigos colaboradores estão se afastando e criando pequenos blocos para exercerem sua vontade legítima de administração, desfalcando a escola.
    Unidos e Marambaia são dois exemplos de escolas administradas no sistema antigo, baseada no egocentrismo dos seus presidentes – sejam de honra, patronos ou qualquer nome que dê para quem fica num cargo executivo por mais de 20 anos.
    No Oriente médio chamam isso de ditaduras. O principal problema de agremiações como estas é fazer suas comunidades acreditarem que não sobreviveriam sem a participação destes “patronos” que fazem “sacrifícios pessoais e doam sangue” pela escola – e assim seguem ditando seu rumo e controlando o subsídio público.
    Embora considerado insuficiente, em São Luís, esse montante já é o maior da região, de 50 a 80 mil reais. Em Belém (onde estou passando carnaval) uma cidade maior, com escolas maiores, não chega a 50 mil para as grandes escolas. Certamente sempre haverá gente interessada em manipular tal montante. Só não pode ser sempre a mesma pessoa – isso é ilegal!
    Uma escola de samba é uma organização civil legalmente reconhecida, e deve seguir os ritos democráticos com estatutos, diretoria, reuniões, eleições, alternância no poder. Quando isso não acontece alguma coisa está errada. E para receber verba pública, a escola tem de apresentar uma série de documentos que comprovem sua atuação lícita e segundo os trâmites democráticos. Qualquer associação sabe disso.
    Não se sabe como algumas conseguem continuar a receber subsídios diante de tantas irregularidades. Sabemos que há estratégias para isso, como a criação de associações paralelas como as de “amigos disso”, “amigos daquilo”, etc. Mas isso não elimina a irregularidade original.
    Essa lógica também deveria ser aplicada em relação aos folguedos juninos. Desde que passa a receber verbas públicas, qualquer grupo de bumba-boi deve manter uma estrutura civil organizada, com diretorias se alternando no poder. No entanto, as administrações familiares e a figura do “DONO DO BOI” ainda são realidade em São Luís. Isso significa que todo ano, é o mesmo grupo que recebe e manipula verbas públicas. E o poder público torna-se conivente com essas situações de exceção, subsidiando agremiações que não seguem os ritos democráticos, dando sobrevida à lideranças paternalistas e patrimonialistas cujo papel deve ser questionado. Fortalecer mandonismos e pequenos coronelismos não pode uma conseqüência de uma política cultural oficial esclarecida.
    De qualquer forma, escola de samba não é Bumba-boi, escola de samba não tem “DONO”, tem “PRESIDENTE” e como tal deve ser eleito a cada 2 ou 3 anos. Uma escola de samba também é uma escola de democracia, onde os brasileiros de classes populares começam a entender o que é este sistema de governo, com suas normas e regras, o vai e vem de documentos (inclusive aprendendo a redigi-los!), o jogo político inerente a ele, o que significa administrar bens públicos, e principalmente, o que significa a alternância no poder, dando a outros a oportunidade de governabilidade.
    Escolas de samba são laboratórios de lideranças comunitárias, possíveis lideranças políticas – essa é uma das suas principais características. A manutenção de uma pessoa ou grupo no poder impede que tais lideranças nasçam e se afirmem.
    Chico Carvalho e Dona Célia muito já fizeram por suas escolas – ninguém pode negar isso – mas o tempo passa, o mundo muda, a idade chega: administrar uma escola de samba é tarefa muito desgastante. Chico Carvalho encerraria sua participação com chave de ouro se providenciasse uma sede para a Unidos – com sua influência ele pode fazer isso e seria lembrado eternamente. Dona Célia não deve tratar a Marambaia como filha, não é assunto de família, já pertence ao bairro, à cidade. É chegada a hora de ambos repensarem suas atuações.
(*) Prof. Dr. Dep. de Artes[ da Universidade Federal do Maranhão

Museu de tudo: Trilha sonora do espetáculo Te gruda no meu fofão em LP (95), do Laborarte


A
1 - Loló (Joãozinho Ribeiro) Rosa Reis
2 - Outros carnavais/Bota sentido/ O Quê que eu vou
Dizer em casa (Joãozinho Ribeiro) Rosa Reis
3 - Meu Baralho (Joáozinho Ribeiro) Rosa Reis
4-O Rei Pediu/Azar do Pierrot (Omar Cutrim-Marco Cruz - Joãozinho Ribeiro) Rosa Reis
5 - Te Gruda no Meu Fofão (Joãozinho Ribeiro) Rosa Reis
B
1- Despedida  (Marco Cruz - Joãozinho Ribeiro) Rosa Reis
2-Pastorinhas Belas/Pé de Pato/ Esfarelado (César Teixeira - Cristóvão - D. Popular) Rosa Reis                                                    
3 - Onde Está o Pessoal (Joãozinho Ribeiro) Joãozinho Ribeiro
4 - Fofão (Luís Bulcão) Rosa Reis
5 - Na Vila de São Vicente/Galo Boiou (Mestre Felipe) Mestre Felipe


Carnaval de São Luís (MA) 2011 - Conheça o samba e as escolas que desfilam hoje na Passarela

TERRESTRE DO SAMBA
Enredo:Fofão: nossa folia, nosso rei
Sede: Estiva
Quanta magia... quanta emoção
Nesta avenida colorida (o seu chão)
O reinado de ula... Lá fofão
A terrestre vem cantar
Rompendo o tempo se firmou
Com alegria, abrindo os braços, ô
Na folia se encantou
Já fez muita gente se libertar
Um rei mascarado, um fofão
Livre, solto de chitão de flor,
Na multidão com a boneca na mão
Que rei sou eu... que rei eu sou
Sou um fofão... eu sou você
Sou patrimônio, sou raiz
Libertando nossa gente, pra ser feliz
Oh! Quanto esplendor!
Tem colombinas sendo amadas
Por pierrôs, dominós e arlequins
Conservando minha paixão
Mantendo minha identidade
Amando eternamente meu torrão
Ô minha cidade, São Luís do Maranhão
Com a boneca na mão
Estica firme a fantasia
Sou ula lá, meu reinado é alegria
Da ilha das poesias, das ruas de cantarias
Vestindo assim, colorindo nossa folia
 
IMPÉRIO SERRANO
Enredo: Amores Picantes, Sabores Excitantes
Sede: Estrada da Vitória - Monte Castelo
Fundação:Nélio Silva
Carnavalesco: Alaim Moreira Lima
Compositor: Darlan
Intérpretes: Domingos , José Carlos

Império Serrano meu grande amor é você

Sou fiel sou verde e branco
Meu samba é um convite ao prazer
Amor sentimento sublime
Acende o fogo da paixão
De corpo e alma viajei
Ao paraíso de Eva e Adão
No Éden o fruto do pecado é tentação
Afrodite beleza incomparável
Muitos homens encantou
Romeu a paixão por Julieta se rendeu
Eu sei que o amor envolve e envenena
Mas todo amor vale apena
Vem me dá um beijo, vem fazer amor
excitar com teu sabor
Vem que a noite é nossa
E hoje eu tô quê tô
Casamento é intimidade
Infidelidade não entra no jogo
Na rede um bate-papo informal
Vira namoro virtual
Nesse mundo de desejo
Não tenha medo de se entregar
Entre afagos e beijos, o amor é cego
Não escolhe quem amar
Ah! Meu amor picante
O teu sabor excitante, me faz delirar
 
MARAMBAIA
Sociedade Recreativa Escola de Samba Marambaia
Enredo: Igaraú, um santuário entre nós
Sede:Rua Professor Mata Roma s/n-  Bairro de Fátima
Fundação:1954
Presidente:Dona Célia
Carnavalesco:Dennylson Melodia
Compositor:Dennylson MelodiaNessa festa abençoada
Rufam os tambores do terecô
Que juntou os nossos sangues
Na alegria e na dor
Nestas águas claras eu vou!
Respirar o canto da vida
Entre sombras e serenas
De exuberantes mananciais
Essa terra de belezas
De juçaras e buritizais
Canta, canta o uirapuru pra salvar o mundo
Nossa Gaia, nossa mãe rogai por nós.
Maria de Belém, mãe terecô
Ai quê, elô, subaquelô.
IGARAÚ, verde tesouro
Mãe natureza, fauna e flora
Forte riqueza a preservar
O meu cantar desperta faz ecoar
O branco, o negro, o índio
Que fez o seu destino
Tambor de crioula, lelê, terecô o divino vai passar
Terra que amaná energia
Lendas de amor e magia
Heranças culturais
De um povo guerreiro que soube fazer e faz!
A MARAMBAIA dá o tom
Em homenagem a essa gente
em um samba divinal mostrando seu ritual
IGARAÙ em nosso carnaval
 
FLOR DO SAMBA
Grêmio Recreativo Escoila de Samba Flor do Samba
Enredo: “Missão cumprida. hoje sou uma estrela” (Homenagem a Djalma Campos)
Sede:Desterro De Viana a São Luís
Fundação: 1939
Compositores:Josias e Luzian
Um eterno campeão
A Flor do Samba enaltece
E o desterro aplaude com emoção
No Maranhão, foi Papão, foi Tubarão
Do Brasileirinho foi campeão
Sua cidade querida, jamais esquecida
Nunca saiu do seu coração.
Se na bola era meia,
Era inteiro o seu valor
Minha Flor na avenida
Vem mostrar o jogador
é gol, é gol
Vou gritar na arquibancada
Hoje no céu tem pelada
eternamente um show
Djalma, a sua vida é uma vitória
O desterro vem mostrar a sua história
É mais um passe celestial
Uma estrela a brilhar no carnaval
Foi mais um filho do desterro que brilhou
nas grandes jogadas da vida.
Ao vencer mais uma vez ele falou:
“Minha missão já foi cumprida”
E o mesmo povo que aplaudiu e gritou gol
Deu-lhe uma vaga no plenário pra lutar
Lutou, e com a mesma habilidade do salão
Fez do “Canário um futuro campeão”
E com animação vou dizer na passarela
Djalma é flor de coração!

Carnaval de São Luís (MA) 2011: Bicho Terra pega na Praça Deodoro

A sucessora

Adão Oliveira
O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz possui uma larga folha de desserviços prestados à comunidade brasiliense. Muita falcatrua foi feita por ele, ou em torno dele.
Roriz surgiu no governo da Nova República - leia-se José Sarney - como governador nomeado do Distrito Federal, depois de ter "negociado" uma bela gleba de terra de sua propriedade com o presidente da República.
    Não satisfeito com a "gentileza", Roriz, já nomeado governador, mandou asfaltar a estrada interna do sítio que foi batizada por Sarney com o nome de São José do Pericumã.
    Depois disso, reelegeu-se por mais duas vezes. Matuto, mas muito esperto, Roriz transformou Brasília num canteiro de obras. E através delas, multiplicou sua fortuna em alguns milhões de dólares.
    Suas eleições ocorreram às custas da explosão demográfica da Capital Federal. Em troca de doação de lotes, sem nenhuma infraestrutura, milhares de retirantes nordestinos, convocados por ele, inundaram Brasília.
    Este pessoal transformou em votos os "favores de Roriz", elegendo-o senador da República. Sua chegada ao  Congresso durou pouco. Em 2007, Roriz foi obrigado a renunciar para não ser cassado.
    Na época, foi pego em escutas telefônicas na partilha de um cheque do empresário Nenê Constantino no valor de R$ 2,2 milhões com ex-presidente do Banco Regional de Brasília.
    Nenê Constantino - dono da Gol Linhas Aéreas - é o mesmo correto cidadão que está sendo acusado de ter mandado matar oito pessoas, entre elas, dois ex-genros.
    Roriz deixou o cargo de senador e voltou ao cenário político em 2010, quando tentou ser candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi barrado pela Justiça Eleitoral.
    Numa manobra vergonhosa, substituiu seu nome na chapa pelo de sua mulher, Wesley Roriz. Depois disso, Roriz saiu de cena, mas deixou como sucessora, Jaqueline Roriz, eleita recentemente deputada federal, pelo PMN.
    Na sexta-feira passada, apareceu um vídeo gravado em 2006 em que Jaqueline, acompanhada de seu marido Manoel Neto, recebe cerca de R$ 50 mil do ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa.
    As cenas são "fortíssimas", considerou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Pelo "andar da carruagem", Jaqueline pode ser cassada. Ophir Cavalcanti, o atento presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, está pedindo isso.
    Ainda que seja cassada, Jaqueline Roriz parece uma santa, em comparação a seu marido, Manoel Neto. Em poucos anos e através de relações suspeitas, Manoel Neto passou de vendedor de carros usados, açougueiro, dono de casa de forró, doleiro à eminência parda da política brasileira.
    Como se vê, Joaquim Roriz não será facilmente esquecido.
Do Jornal do Commercio

Carnaval de São Luís (MA) 2011: Hoje na Passarela do Samba

Desfile dos Blocos Afro
18h às 18h20Bloco Afro Abibimã
18h30 às 18h40Bloco Afro Didara
18h50 às 19h10 Bloco Afro Oficina Affro
19h20 às 19h40 Bloco Afro Netos de Nanã
19h50 às 20h10Bloco Afro Akomabu
20h20 às 20h40 - Bloco Afro Abiyêyê Maylô

Desfile das Escolas de Samba
21h às 22h - Terrestre do Samba
22h10 às 23h10 - Império Serrano
23h20 às 00h20 - Marambaia
00h30 às 01h30 - Unidos de Fátima
01h40 às 02h40 - Flor do Samba

Castelo e Roseana tiram a máscara no carnaval

    A fumaça branca já tinha subido na sexta-feira,4, durante a realização do Baile de Gala patrocinado pelo Governo do Estado e organizado pelo jornalista Pergentino Holanda, de O Estado do Maranhão. Dois dias depois ficou mais espessa na noite de domingo, 6, quando o preefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), e a governadora do Estado, Roseana Sarney (PMDB), ocuparam o mesmo camarote na Passarela do Samba do Anel Viário (que já se chamou avenida Roseana Sarney).
    Entre sorrisos e apupos, os dois pareciam velhos amigos. Roseana Sarney chegou ao local acompanhada do carnavalesco Joãosinho Trinta, que permaneceu no local até o final do desfile às 4 horas da manhã desta segunda-feira,7. O encontro na passarela foi testemunhada por, no mínimo, seus mil pessoas.
    Houve combinação na troca de gentileza. No Baile, Roseana Sarney recebeu Castelo numa demonstração inédita de civilidade não dispensada aos adversário políticos em anos de hegemonia política. O presidente da Fundação Municipal de Culuta, Euclides Moreira Neto, de tão afoito com o movimento político que não aquilata, antecipou a reaproximação dos antigos aliados.
    A reaproximação de Castelo com Roseana tem ponte e patrono:o vereador Antonio Isaías Pereirinha e o irmão da governadora, o empresário Fernando Sarney. Ambos preparam terreno para as eleições municípais do próximo ano.  Castelo não quer ficar de fora do tabuleiro. Assim imagina.  A história testemunha: Castelo é cria e cumpade de Sarney.

Presidente do Senado e filha promovem beija-mão carnavalesco

    O presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), acompanhado da mulher e dos filhos, Roseana Sarney (PMDB) e Fernando Sarney, noras, netos, apaniguados e puxas passaram parte da tarde de domingo de carnaval,6, na casa onde morou Dona Kiola, mãe do senador, situada na esquina das ruas de Santana com Passeio, no centro de São Luís (MA).
    Durante o tempo em que estiveram presentes o beija-mão foi grande. A todo bloco que passava, escolhido a dedo pelo secretário de estado da Cultura, Luiz Henrique Bulcão, a governadora fazia questão de descer para cumprimentar integrantes que retribuíam com elogios.

Na coluna do Ilimar Franco

Negociação do Código Florestal
Os pontos considerados inaceitáveis pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no relatório apresentado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoBSP) sobre mudanças no Código Florestal são: anistia para desmatadores e fim da reserva legal. Mas o MMA está disposto a aceitar alterações, como permitir que propriedades agrícolas até quatro módulos rurais incorporem as Áreas de Proteção Permanente (APPs), como margens de rio, no cálculo da reserva legal. O MMA também está disposto a autorizar o uso de APPs em áreas urbanas para equipamentos públicos, como parques. Considera melhor do que deixar um terreno baldio com risco de favelização ou de especulação imobiliária.
“Estamos dispostos a negociar, mas sem abrir mão de pontos que representam retrocesso na legislação ambiental” — Sarney Filho, deputado federal (PV-MA), presidente da Frente Parlamentar Ambientalista.
NEGOCIAÇÃO. Os ânimos estão menos exaltados entre ruralistas e ambientalistas neste início da nova legislatura, e a ideia é votar, no plenário da Câmara, as propostas de mudança no Código Florestal em abril. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), criou um grupo de trabalho para discutir o assunto, e o relator da matéria, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), na foto, passaria o carnaval em Brasília fazendo alterações em seu parecer.

Processo contra secretário nomeado por governador do Pará corre na justiça do Maranhão

    Signatário de uma carta contra o trabalho escravo, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), nomeou como secretário estadual um acusado de manter trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão.
    O processo contra Sidney Rosa, secretário de Projetos Estratégicos do Pará, corre desde 2006 na 2ª Vara da Justiça Federal do Maranhão.
     Jatene é um dos 12 governadores que assinaram, no ano passado, durante o período eleitoral, um compromisso elaborado pela Frente Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo e pela Conatrae --comissão vinculada à Secretaria de Direitos Humanos, do governo federal.
Na carta, Jatene assume o compromisso de que "será prontamente exonerada qualquer pessoa que ocupe cargo público de confiança sob minha responsabilidade que vier a se beneficiar desse tipo de mão de obra".
    Segundo denúncia apresentada à Justiça pelo Ministério Público Federal do Maranhão, 41 trabalhadores foram flagrados em "condições absolutamente degradantes de vida" em uma fazenda de Rosa no município de Carutapera (308 km de São Luís).
    A propriedade ficava a 130 km de Paragominas (PA), onde ele era prefeito.
    A fiscalização foi feita em 2003 por fiscais do Ministério do Trabalho e representantes da Polícia Federal.
    De acordo com o Ministério Público, os trabalhadores não recebiam salários porque, antes de chegar à fazenda, haviam assumido dívidas com o "gato" (aliciador de mão de obra) José Pereira da Silva, outro réu no processo.
    A falta de pagamento dos salários e de registro em carteiras de trabalho é uma das justificativas da Procuradoria para classificar a situação como análoga à escravidão.
    O órgão também argumenta que os alojamentos da propriedade eram precários, sem banheiros nem energia elétrica, e que não havia transporte coletivo.
Do 180 Graus

Na coluna do Cláudio Humberto

Mudança
Após mais um ano exposta na vitrine virtual da livraria UOL, para compras online, a capa o livro "Honoráveis Bandidos", de Palmério Doria, com José Sarney usando óculos escuros, foi substituído por "Sarney - a Biografia", de Regina Echeverria.

Manchetes dos jornais

O ESTADO DO MARANHÃO - Explosão de alegria

NO PAÍS
CORREIO BRAZILIENSE:A festa na Avenida
FOLHA DE S. PAULO: Pedágios nas rodovias federais superam inflação
O ESTADO DE MINAS:Mineiro troca negócio próprio por emprego
O ESTADO DE S. PAULO:Kadafi lança ofensiva em cidade-chave
O GLOBO:Carnaval surfa na onda do Rio

ZERO HORA:Dor em Santo cristo
DIÁRIO DO PARÁ: Desfile leva 50 mil para Aldeia Amazônica
JORNAL DO COMMERCIO: Olinda segue superdivertida

MEIO-NOITE: Capital terá sambódromo
O POVO:O efeito Dilma e o novo papel da mulher