6 de jul. de 2011

Cloves Saraiva: "Ele tem um nome meio esquisito"

    O professor do curso de engenharia química da UFMA, José Cloves Saraiva, acusado de racismo contra o nigeriano Nuhu Ayuba se defende com declarações mais absurdas sobre o caso. À priori afirmando que desconhecia até mesmo a pronúncia correta do nome do estudante africano.
    Para Saraiva, Nuhu Ayuba  "tem um nome meio esquisito" que o induzia ao erro de "pronunciar seu nome em inglês". São declarações tão desastrosamente do lente do curso de nível superior quanto sua postura racista.
    No entendimento do professor da UFMA, esquisito é o que lhe parece incomum. Sua ignorância é lapidar diante de algo que supõe diferente, do avesso do seu parco universo intelectual. A admissão de professores do seu quilate denigre a instituição em todos os sentidos.
    Procedente de um país que está entre as dez economias do mundo e um dos mais populosos do planeta, Nuhu Ayuba não suportou a descriminaçãode Saraiva, praticada de forma dissimulada por anos a fio contra os brasileiros pretos e pobres que conseguem ingressar no ensino superior. São ações negativas ministradas homeopaticamente que vêm surtindo efeito. Vide os programas mundo cão de TV e os jornais do mesmo naipe.
    Para Saraiva figuras como Ayuba ocupam seus lugares naturalmente no noticiários policiais, usados como mulas ou em outra situação degradante. A reação em cadeia deve ser pela imputabilidade deste que deveria ser um auxiliar na educação de uma geração.
Leia nota do DCE da UFMA  sobre o caso:
    O Diretório Central dos Estudantes “17 de Setembro” da Universidade Federal do Maranhão, entidade de representação máxima dos estudantes desta instituição, vem a público repudiar os atos de racismo praticados pelo professor do Departamento de Matemática, José Cloves Verde Saraiva, que ministra a disciplina de Cálculo Vetorial no curso de Engenharia Química.
    É lamentável a postura tomada por um docente, em uma instituição de superior de grande relevância a comunidade estudantil maranhense. O ato racista, conforme relato do estudante, configuram agressões verbais, gerando abalo psicológico e transtornos sociais e danos morais.
    Nós, membros do DCE, Diretório Central dos Estudantes da Gestão“Da unidade vai nascer à novidade”, viemos a público declarar que nos causou profunda indignação o tratamento dado pelo professor ao universitário por ser negro e africano. Não é difícil visualizar a cena de constrangimento causado pela agressão. Essa situação revela um comportamento racista, xenófobo, discriminatório, ofensivo e injusto, as quais só servem para manter práticas opressoras, que são totalmente inconcebíveis em um ambiente acadêmico plural e universal.
    Solicitamos junto à Administração Superior de nossa Universidade a apuração do caso, afastamento imediato do professor e depois de constatados os fatos, demissão do Docente.
São Luís, 05 de julho de 2011
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES “17 de Setembro”
GESTÃO “DA UNIDADE VAI NASCER À NOVIDADE”

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