25 de jul. de 2011

Castelo descobre o "povo" depois de dois anos e 200 dias de governo

    Faltando 526 dias para encerrar o mandato iniciado em 1º de janeiro de 2008 o prefeito João Castelo (PSDB) deixou seu gabinete no Palácio La Ravardière para dar a largada à campanha de reeleição. Há dois anos e 201 dias desde que assumiu a prefeitura de São Luís, o tucano se revezava entre compromissos oficiais, sua residência no Olho d´Água, viagens oficiais e extras, hoteis da cidade, de preferência distante do "povo" (palavra doce na boca do político). Refratário às cobranças das lideranças comunitárias que o buscavam com um feixe de problemas cotidianos, se fechava em copas como convém aos déspotas.
    Aprendiz de feiticeiro, João Castelo se aboletou no caminhão do Programa "Cidadania para Todos", carregado de peixe para distribuir à população que o acolhe como "pai dos pobres", para ir aonde o povo está. É a velha, caquética, mas ainda eficaz de fazer política nos rincões maranhenses ou nos centros urbanos pretensamente mais politizados desse estado esfacelado pelas oligarquias e maus gestores.
    Castelo foi acompanhado da primeira-dama, a ex-prefeita de São Luís Gardênia Gonçalves, símbolo de uma triste história do nosso passado em 400 anos de existência como cidade.
    No papo de interação com a comunidade do Caratatiua e adjacências, Castelo disse que primeiro organizou as finanças. Deixou velado se as suas ou da prefeitura. A segunda vai de mal a pior, lembremos da falta de recursos para fazer quase tudo, desde a melhoria da coleta de lixo ao pagamento de brincadeiras contratadas pela Fundação Municipal de Cultura.
    O "cumpade" do senador José Sarney (PMDB-AP) tem suas felpas encravadas no poder. Não é à toa que se ajuntou aos pedetistas quando estes eram inquilinos dos palácios dos governos e assumiu ares de socialista moreno. É esse mesmo perfil que tenta vender à população carente de discernimento político. Na contramão da história Castelo tenta vender a imagem de oposição. Só não tem palavras claras para explicar porque sua filha, a deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB), eleita com a ajuda de rios de dinheiro, compartilhou de mesmos cabos eleitorais da governadora Roseana Sarney (PMDB) nas eleições de 2010.

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