4 de jul. de 2011

Arquidiocese de Belém faz campanha contra o corte da corda no Círio de Nazaré


Souvenir do Círio de Nazaré

    “É muito importante que nós, promesseiros, consigamos chegar até o final com a corda atrelada. Isso faz parte da nossa fé. De alcançar a nossa promessa”, comentou o administrador Thiago Costa, 28 anos, que acompanha a procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré pagando promessa na corda há seis anos. Assim como ele, milhares de fiéis vêm reclamando que não estão conseguindo cumprir a tradição da procissão do Círio.
    Por isso, a Diretoria da Festa, em parceria com a Arquidiocese de Belém e a Policia Militar, realiza a campanha contra o corte da corda durante a procissão. Segundo o diretor coordenador da Festa, César Neves, a campanha tem o objetivo de conscientizar os promesseiros sobre a importância da permanência da tradição. “As pessoas que pagam promessa querem chegar ao fim da procissão puxando a corda. Se não for assim perde todo o sentido”.
    O diretor de procissões, Kleber Vieira, explica que não só os promesseiros são prejudicados, mas o andamento da procissão também. Segundo ele, é a corda que move os promesseiros e são essas milhares de pessoas que puxam a corda que leva a berlinda até a Basílica. “Sem a corda atrelada, a berlinda perde a tração e, com isso, a procissão fica mais lenta”. Vieira ainda comenta que no Círio de 2004 foi feito um trabalho intenso para que a corda não fosse cortada antes do tempo.
    A campanha, que será feita com material publicitário, deve começar a ser intensificada em agosto. O diretor de marketing da Festa, Osvaldo Mendes, afirmou que a propaganda será maciça. “Vamos usar de todas as mídias e de material promocional para conseguir alcançar aquelas pessoas que vão apenas com o intuito de cortar a corda e comercializar”. O material terá a abordagem sobre manter a tradição e a segurança de todos que acompanham a procissão.
SEGURANÇA
    Quanto à segurança, que será de responsabilidade da Policia Militar, o tenente coronel Paulo Garcia afirmou que o trabalho será intensificado com uma quantidade maior de policiais também revistando os promesseiros ainda na concentração. “Vamos reforçar o policiamento na concentração e revistar a todos na busca de encontrar as armas brancas que são utilizadas para cortar a corda”. Os principais instrumentos usados são as facas e os estiletes.
    Para incentivar que os promesseiros deixem a corda atrelada à berlinda até o final da avenida Nazaré, o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, promete realizar uma benção no ponto determinado pela Diretoria da Festa, em frente ao colégio Santa Catarina, para o corte. “Precisamos incentivar nossos promesseiros a cumprir a tradição e por isso nada melhor do que abençoá-los no final da sua trajetória de esforço”.
Do Diário do Pará

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