1 de mar. de 2011

A disputa pela imortalidade

    Com a morte de Moacyr Scliar, já há vários candidatos a candidatos trabalhando para tentar a imortalidade na Academia Brasileira de Letras.
    O escritor Antonio Torres é um deles – será sua segunda tentativa. É um candidato forte. Era amigo de Scliar e de sua família. E, em conversa ontem mesmo com vários acadêmicos, disse que só não se candidatará se Ferreira Gullar apresentar-se para a disputa.
    Gullar seria uma espécie de candidato imbativel, mas ninguém na ABL sabe ao certo de ele topa vestir o fardão. Também ontem, alguns imortais já faziam a corte a Gullar.
    Merval Pereira é outro que se movimenta, embora com muito mais discrição, ressalte-se. Se for candidato, teria desde já o apoio de vários cabos eleitorais de peso na ABL - Eduardo Portella, à frente do grupo.
    A sucessão oficialmente se iniciará antes do prazo usual. A chamada “sessão da saudade”, em que é feita uma homenagem ao acadêmico morto e tradicionalmente é realizada na primeira quinta-feira após a morte do imortal, foi antecipada para amanhã. Ao seu final, será dada como vaga a cadeira de Moacyr Scliar.
    Isso está sendo feito para não atrapalhar uma outra eleição na ABL, previamente marcada para quinta-feira, a que fará de Marco Lucchesi o novo acadêmico na vaga aberta com a morte em 2010 do padre Fernando Ávila.
(Atualização, às 11h39: Ferreira Gullar não irá se candidatar. Disse isso hoje de manhã a alguns acadêmicos. Torres, portanto, vai à luta e é o favorito)
No Radar On-line por Lauro Jardim de VEJA

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