4 de nov. de 2010

José de Abreu diz que aceita cargo no governo Dilma "desde que não tenha salário"

José de Abreu entre Temer e Dilma
O ator José de Abreu foi sem dúvida a presença mais intrigante no palanque onde Dilma Rousseff fez seu primeiro discurso como presidenta eleita, no domingo (31). Em entrevista ao iG, ele explica que sua militância é antiga e que fez parte da Var-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares), mesmo grupo que Dilma integrou no período da ditadura militar.
    Ele diz que só assume um cargo público no governo de Dilma Rousseff se for um cargo de um conselho e “desde que não tenha salário”. Engajado com o propósito de “acabar com a miséria”, José de Abreu, se coloca à disposição na presidente eleita. “Se ela [Dilma] falar que estou convocado, eu vou. Mas talvez doe meu salário. Tenho o salário da Globo. Ganho muito bem lá”.

Amazonas, latifúndio de votos de Dilma

Ronaldo Brasiliense
    Que Nordeste, que nada. A maior votação obtida por Dilma Roussef (PT) na eleição presidencial veio do Amazonas, o maior e mais preservado estado da Federação, com seu continental território de 1,57 milhão de kms quadrados, 18% do Brasil, três vezes maior que a França.
    Lá, onde não há uma só rodovia ligando o estado aos maiores centros do país, Dilma Rousseff recebeu 80,57% dos votos válidos, contra 19,43% do tucano José Serra.
    A pororoca de votos em Dilma este ano não foi suficiente, porém, para quebrar o recorde de Luiz Inácio Lula das Silva, o campeão de votos no estado que detém a maior floresta tropical úmida contínua do planeta.
    Lá, em 2006, no segundo turno da eleição presidencial, Lula teve 86,8% dos votos, contra 13,19% para o tucano paulista Geraldo Alckmin.
    Se no vizinho Acre Dilma perdeu para Serra em 22 dos 23 municípios, no Amazonas a hoje presidente eleita arrebentou: ganhou em todos os municípios e na desconhecida Manaquiri – a 60 kms a sudoeste de Manaus, a capital, obteve 93,2% dos votos, um recorde entre todos os mais de 5.500 municípios brasileiros.
    Dilma Roussef mesmo assim perdeu para o campeão dos campeões de voto no estado – isso mesmo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que em 2006, no segundo turno contra o também paulista Geraldo Alckmin, hoje governador eleito de São Paulo, teve 93,3% dos votos de Manaquiri a, digamos assim, mais vermelha de todas as cidades do País.
    Mas como explicar tanto sucesso eleitoral de Lula e Dilma no maior e mais distante estado brasileiro?
Vamos por partes:
    Primeiro, o Amazonas é pródigo em Bolsas-Família, distribuídas aos milhares entre sua paupérrima população interiorana, principalmente, num estado onde as dificuldades de locomoção são terríveis.
    Segundo, o Amazonas surfou na onda da Copa do Mundo de 2014, numa disputa em que Manaus derrotou Belém – capital com mais infraestrutura e governada por Ana Júlia Carepa (PT), supostamente amigona do presidente Lula e que chegou a organizar festa em praça pública em Belém para comemorar a escolha da capital paraense como única sede da Copa de 2014 na Amazônia.
    Terceiro, e mais importante: no Amazonas, mais do que em qualquer outro estado brasileiro, a máxima do ministro da Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebells, “Uma mentira repetida à exaustão torna-se uma verdade!”, pegou.
    Propaga-se há mais de uma década que os candidatos a presidente da República paulistas querem porque querem acabar com a Zona Franca de Manaus, um território livre de impostos, responsável por oito em cada 10 postos de trabalho existentes em Manaus, que por sua vez concentra mais de 50% do eleitorado do Amazonas.
    Essa mistura empolgante de Bolsas-Família, Copa do Mundo e boatos contra a Zona Franca foi fatal nas últimas três eleições presidenciais, onde Lula bateu José Serra em 2002 e venceu Geraldo Alckmin em 2006, e onde Dilma Roussef arrebentou com Serra em 2010.
    E a derrota só não foi mais acachapante porque houve influência de fatores climáticos: a seca dos rios Solimões, Negro e Madeira, entre outros que banham o estado, afastou das urnas milhares de eleitores.
No município de Maraã, ao norte de Manaus, por exemplo, o índice de abstenção no segundo turno das eleições foi de 58,82%, um recorde.
    O eleitorado de Maraã é de 7.414 pessoas, das quais 4.361 não compareceram às urnas. Dilma Rousseff (PT) ganhou a eleição na cidade, com 3.486 votos. José Serra (PSDB) recebeu 436 votos.
    “A abstenção em Maraã teve relação direta com a seca. Os eleitores não conseguiam chegar aos locais de votação e muitas embarcações ficaram no meio do caminho”, relatou o diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, Pedro César da Silva Batista, explicando a abstenção recorde.
    O Amazonas registrou o terceiro maior índice de abstenção do País na eleição presidencial no segundo turno, no domingo. O percentual chegou a 26,8%, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A marca só não foi maior que o verificado nos Estados do Maranhão (29,5%) e no Acre (28,2%).
Ronaldo Brasiliense é jornalista

Funcionário do jornal O Estado do Maranhão doou R$ 75 mil para campanha de Roseana Sarney

     Parte da receita de R$ 24.430.687,76 obtida pela governadora Roseana Sarney (PMDB) para campanha de reeleição veio de empresas com negócios com o estado. A Dimensão Engenharia Ltda, por exemplo, que generosamente doou R$ 600 mil à candidata toca a construção de grande parte dos 71 hospitais que o governo do estado constroi com a promessa de serem entregues até 31 dezembro.
    Empresas de peso no cenário econômico nacional como a Gerdau Comercial de Açu Ltda com negócios em Urbano Santos contribuiu com R$ 1 milhão para o PMDB, legenda que encabeçou a coligação da candidatura à r eleição e abriga grande parte do grupo Sarney no estado; e mais R$ 200 mil para o comitê financeiro de Roseana Sarney.
     Os secretários também não se fizeram de rogados, meteram a mão no bolso para contribuir para "o Maranhão seguir mudando". A secretária da Mulher, Catharina Nunes Bacelar, abriu a bolsa para doar R$ 1.800,00 à campanha de reeleição da chefa. O mesmo fez o ex-secretário de Comunicação Social, Sérgio Macedo, que na chefia da assessoria de campanha desembolsou R$ 7.500,00 para cobrir gastos com o "Arrastão do 13".
    Mesura maior foi do chefe de atendimento a bancas e jornaleiros do jornal O Estado do Maranhão, Bismark Guimarães. Em 1º de novembro, o funcionário do Sistema Mirante de Comunicação fez uma transferência eletrônica no valor de R$ 75 mil para o comitê de campanha da candidata Roseana Sarney, sua patroa. Está tudo preto no branco ou tudo em casa, para mais ser preciso.

Alcione erra teatro em que ia se apresentar

    Nem uma artista consagrada está livre de se enganar. Alcione que o diga. A cantora passou por uma saia justa na semana passada, mas se saiu muito bem, sempre com bom humor. Ela era convidada do show do cantor Marcus Lima, no Teatro Carlos Gomes. Mas, por uma questão de costume, foi parar no Teatro Rival.
- Eu me enganei mesmo, fui direto para lá. Cheguei, fui me sentando na cadeira da pessoa que ia cantar, e até comecei a me arrumar. Até que a menina que trabalha no teatro veio me perguntar se eu ia cantar. Eu disse que ia, que era convidada do Marcus Lima - diverte-se a Marrom.
    O mal entendido só foi se resolver quando o produtor do teatro ligou para a produtora da cantora, que esclareceu o engano. Alcione chegou a tempo no Carlos Gomes
Do Extraonline

Mais de 20 lavradores estão ameaçados de morte no Maranhão

    A morte de Flaviano Pinto Neto, 45 anos, lavrador assassinado no sábado passado,30 de outubro,em São Vicente de Férrer, com sete tiros a queima roupa em um estabelecimento comercial às margens da BR 014, trouxe à tona o mapa do conflito agrário no Maranhão.
    Posto de lado como tema durante a campanha eleitoral, a luta pela terra no estado é grave e faz vítimas. Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos anunciam que denunciaram as mortes de lavradores à Anistia Internacional. No estado mais de 20 líderes rurais estão ameaçados de morte. Na mesma São Vicente Férrer, tem um chamado Manoel. No povoado de Quebra-Pote (zona rural de São Luís) tem outro chamado Joseli.
    Flaviano Neto era presidente da Associação do povoado quilombola Charco e durante anos, foi o grande articulador da resistência da comunidade negra contra um fazendeiro da região. Cumprindo o seu papel de incansável operador para agilização dos processos, no ano passado junto a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – Fetaema, conseguiu impedir uma ação de despejo da comunidade por cerca de 120 policiais militares no ano passado.
    Com a suspensão do despejo, os ex escravos permaneceram na comunidade, buscando o direito de posse como legítimos herdeiros da terra através de uma ação possessória.Na semana passada, Flaviano esteve na Fetaema buscando agilizar o processo, que acabou resultando na sua morte.
Com informações da Fetaema

Lambe-Lambe- 29ª Bienal de São Paulo

Detran do Maranhão fará concurso para 550 vagas

SÃO LUÍS - O Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA) fará concurso para 550 vagas - 490 de nível médio, para assistente de trânsito, e 60 de nível superior, para analista de trânsito. O salário varia de R$ 1.400,00 a R$ 3.771,00. A informação é da assessoria de imprensa do Detran.
    A criação dos cargos será sancionada pela governadora Roseana Sarney. A expectativa, segundo o departamento, é que o concurso ocorra no ano que vem.
Do Portal Amazônia.com

No Painel da Folha de S. Paulo

Contraponto
Traço de audiência
Um tucano encontra com outro e pergunta:
- Você viu o Zé Dirceu no "Roda Viva"?
Diante da resposta negativa do interlocutor, o tucano dá detalhes da entrevista com o deputado cassado e ex-Ministro da Casa Civil de Lula, exibida um dia depois da vitória de Dilma Rousseff nas urnas:
- Um horror!Falou as maiores mentiras sobre o PSDB, e ficou por isso mesmo...
Depois de respirar fundo, ele mesmo contemporiza:
- A sorte é que a TV Cultura ninguém vê mesmo...

Editora Globo terá que pagar R$ 100 mil por não identificar jornalista em expediente

    A Editora Globo foi condenada a pagar R$ 100 mil a um jornalista da revista Época que não teve sua produção intelectual identificada em algumas edições da publicação. O recurso interposto pela editora foi negado, e a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve a condenação contra a empresa.
    O jornalista foi contratado em 2002 como diagramador, sem registro em carteira, e em 2006, já como editor, foi dispensado sem o pagamento de nenhuma verba rescisória. Diante da situação, o profissional propôs a ação trabalhista, exigindo o reconhecimento de vínculo empregatício, além de indenização por danos morais. O jornalista alegou que em algumas publicações da Época o seu nome e sua função não figuraram no expediente da revista.
    Segundo o profissional, nas edições de 8 de novembro de 2004 a 30 de janeiro de 2006, ele figurou como editor-colaborador. No entanto, a partir da edição de 6 de fevereiro de 2006, passou a ser referenciado somente como colaborador. Segundo o jornalista, essa atitude da empresa representou uma afronta à lei de direitos autorais e o seu rebaixamento profissional perante o mercado de trabalho.
    Além dos R$ 100 mil, a Editora Globo terá que pagar verbas trabalhistas como 13° Salário, férias e horas extras. No entendimento do TRT, mesmo que o autor não passe por constrangimentos com a omissão de seu nome do expediente, a identificação da autoria de obra é uma das manifestações do direito moral de toda criação intelectual.
Com informações do TST

Manchetes dos jornais

AQUI-MA - Monitores assassinos
ATOS & FATOS - Briga por cargos: Funcionários da Funac mandam executar menor com 45 chuçadas
JORNAL A TARDE - Dilma garante reajuste para Bolsa Família e salário mínimo 
JORNAL EXTRA - Olho gordo: Monitores da Funac mandam matar interno para assumir direção
JORNAL PEQUENO - Funcionários da Funac presos por suspeita de mandar matar interno
O DEBATE - Monitores são acusados de tramar morte de menor na Funac
O ESTADO DO MARANHÃO - Dilma confirma refinaria
O IMPARCIAL - Eleições 2010: Eleição de Roseana custou R$ 24 milhões
TRIBUNA DO NORDESTE- Mínimo e bolsa família terão reajustes em 2011