26 de ago. de 2010

Collor diz que não lê revistas e que conhece as estratégias dos repórteres

     O candidato ao Governo de Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTB), disse não ler nenhuma revista e criticou a imprensa nacional. De acordo com o candidato, os jornalistas trabalharam contra o seu nome durante sua gestão na Presidência da República. As declarações foram dadas em entrevista ao jornalista Plínio Lins, no programa Conversa de Botequim.
     Para Collor, a imprensa demonstrava preconceito por ser nordestino. “Acho que esta foi a condição decisiva. Mas houve excessos, até hoje”. O candidato lembrou do caso da revista IstoÉ, em que ameaçou o repórter Hugo Marques por não concordar com o teor da matéria, que de acordo com ele estava mal apurada.
     “Eu não tenho o hábito de comprar e ler nenhuma revista. Como ela sai na quinta ou sexta-feira, um amigo me mostrou o teor: numa hora errada. Eu fiquei muito zangado e liguei imediatamente para o jornalista, externando a raiva que estava sentindo. Ele extraiu só a parte feia, deveria ter colocado a gravação inteira”, declarou o candidato.
     Collor também criticou a apuração do jornalista. “O erro foi o de apuração. Quem disse a ele que não tenho as minhas certidões em dia? Eu estava com elas na minha frente. Na época, eu estava disposto a mandar para a revista, mesmo sabendo que elas não seriam publicadas”, afirmou.
     O candidato disse conhecer as "manhas" dos jornalistas. “Esses que saíram agora e estão loucos para chegar, pensando ‘vou provocar o Collor, para ter uma resposta assim’, eu deixo passar: relevo”.

     Collor ainda criticou os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, além da Veja, a qual acusa de tentar comprar uma entrevista com um de seus ministros.
Do Comunique-se

Município deve pagar dívida de paciente em hospital particular


A 1ª Câmara Cível, em decisão nesta quinta-feira, 26, determinou que o município de Godofredo Viana pague o valor correspondente às despesas de uma paciente do município, que precisou de atendimento em hospital particular de São Luís. A paciente emitiu cheque da Prefeitura, como parte do pagamento, no valor de R$ 4 mil, mas o título foi devolvido por insuficiência de fundos.
     O hospital ajuizou cobrança, informando que recorreu várias vezes à administração municipal para receber o pagamento, mas não obteve êxito. O município não contestou a cobrança e foi condenado pelo juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Luís ao pagamento do valor atualizado do cheque.
     Na apreciação do recurso, os desembargadores da 1ª Câmara Cível decidiram manter a decisão, entendendo que a não quitação do débito pelos serviços comprovadamente prestados caracterizaria enriquecimento ilícito por parte do município. Consideraram, ainda, que houve a comprovação da prestação do serviço pelo hospital, enquanto o município não se manifestou nem provou a quitação da dívida.
     O recurso foi relatado pela desembargadora Raimunda Bezerra, e seu voto acompanhado pelos desembargadores Jorge Rachid e Marcelo Carvalho (substituto).
Da Assessoria do TJ-MA

Comitê de imprensa da candidata Roseana Sarney funciona com ajuda da SECOM do Estado

     A assessoria de comunicação da candidata ao governo pela coligação "O Maranhão não pode parar", Roseana Sarney (PMDB), está recheada de profissionais requisitados junto à Secretaria de Estado de Comunicação Social, SECOM. Seria natural - na ótica roseanista -, já que o próprio secretário Sérgio Macedo está licenciado para se dedicar full time à campanha da filha do senador José Sarney (PMDB-AP).
     Ao sair de licença, Macedo fez divulgar através do jornal da família Sarney que se dedicaria à campanha do filho, Daniel Macedo(PMN), candidato a deputado estadual da coligação "O Maranhão não pode parar E-2".
     Junto com Macedo um grupo de jornalistas foi deslocado, sem obediência a qualquer estatuto do servidor - embora sejam todos comissionados -,  para fazer parte da equipe da candidata Roseana Sarney, dona também do sistema Mirante. É um típico exemplo de financiamento público de campanha.

Manchete do Jornal Extra

Trabalhadores maranhenses são vítimas de golpe do emprego

    Trabalhadores que alugaram um ônibus para viajar do Maranhão até São João da Barra, no Norte Fluminense, acabaram na delegacia. Eles contaram aos policiais que foram enganados por um homem que prometeu emprego ao grupo.
      A maioria dos trabalhadores permaneceu do lado de fora, enquanto três deles entraram na delegacia para registrar a ocorrência. Segundo as vítimas, para conseguir um emprego na cidade eles teriam de depositar R$ 150 na conta de um homem. Cada um dos trabalhadores desembolsou mais R$ 300 pelo aluguel do ônibus.
     Ao chegar a São João da Barra, o grupo percebeu que foi enganado. Sem dinheiro para hospedagem, eles dormem dentro do ônibus.
     O homem que teria feito o contato com os trabalhadores sumiu levando mais de R$ 6 mil dos trabalhadores. Ele teria usado o nome de uma empresa de São João da Barra para aplicar o golpe.
     O representante da empresa esteve na delegacia
Do G1

Flávio Dino diz que Roseana não pode se apresentar como candidata da mudança

     O candidato ao governo do estado pela coligação "Muda Maranhão", Flávio Dino (PCdoB), reclamou da falta de debate de ideias entre os postulantes ao executivo estadual nas eleições de outubro. Flávio Dino desafiou a direção do Sistema Mirante de Comunicação, pertencente à família Sarney, a promover o confronto entre candidatos para assim facilitar a escolha do eleitorado entre os seis candidatos ao governo.
     Flávio Dino foi o quarto entrevistado pelos jornalistas do Sistema no programa Ponto Final  da Rádio Mirante AM, apresentado pelo radialista Roberto Fernandes.
     Durante a sabatina o deputado federal refutou que sua candidatura esteja atrelada a determinadas lideranças políticas e se apresentou como candidato da mudança, condição que ele não enxerga como ser natural da adversária Roseana Sarney (PMDB), candidata à reeleição para um quarto mandato.
     Flávio Dino apresentou números para reafirmar o sentimento de mudança que representa sua candidatura. Disse que tem o apoio de grande parcela do PT estadual e nacional, retirado de sua coligação graças à intervenção do presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB), junto ao presidente Lula.
     Por fim, disse estar confiante de que disputará o segundo turno. Conta com a decisão do grande número de eleitores ainda indecisos. O candidato considera o orçamento do estado de R$ 10 bilhões uma cifra suficiente para iniciar mudanças nos indicadores sociais do estado. Para isso disse contar com ajuda do governo federal.
O Maranhão que Flávio Dino quer mudar:
Mais de 1 milhão de analfabetos
Menor número de médicos do país
Menor número de UTIs do país
Menor número de casas com saneamento básico do país
Menor renda do país

Marina Silva desabafa em entrevista

     "Posso dizer que nunca fui discriminada por ser mulher ou negra, mas agora, pela primeira vez, estou sentindo um grande peso por ser evangélica. Quando os outros políticos se dizem contrários ao aborto, o assunto morre ali. Comigo, vira sabatina. Colocam-me rótulos de ultraconservadora, de fundamentalista , que não me cabem, pois não vivo à margem da modernidade. Você não imagina o mal-estar que isso me traz. Mas não vou mexer uma vírgula em meu discurso. Sou a favor da democracia e reconheço o grau de complexidade dessas questões. Por isso, eu as submeteria a um plebiscito."
Marina Silva, candidata do PV à Presidência da República, em entrevista ao Congresso em Foco

CINE TROPICAL: Dupla maranhense Criolina inventa a trilha de um cinema que não existe

Leonardo Lichote

Rio - O bangue-bangue "A revanche" se passa no Novo México. A sinopse fala do casal de protagonistas, "um homem de passado obscuro, desiludido com a indústria fonográfica", e "uma linda donzela, filha do xerife". Depois de se apaixonarem, eles se tornam foras da lei, "passando a roubar trens, bancos e diligências por diversão". Acrescido de tempero tex-mex e liberdades poéticas, o filme conta a trajetória musical independente do casal Alê Muniz e Luciana Simões, a dupla maranhense Criolina, que acaba de lançar seu segundo CD, "Cine tropical", confirmando a promessa anunciada em 2007, na estreia.
- Qualquer semelhança não é mera coincidência, costumamos dizer - conta Luciana.
     A cantora não se refere apenas a "A revanche" - segundo ela, sua história com Alê está espalhada pelos 14 filmes que compõem "Cine tropical". Obras que nunca existiram nas telas, aliás. Explica-se: elas são canções, cada uma imaginada como trilha de um filme fictício, com direito a classificação de gênero e sinopse no encarte.
     - Não digo que são os mesmos personagens em todos os filmes. Mas poderíamos ser nós dois em todos eles, caracterizados de forma diferente, tipo "Elvis em Acapulco", "Elvis no Havaí"... - brinca Luciana.
     Elvis surge como uma referência em meio a outras. Na verdade, como tudo no CD, Elvis é filtrado pelo olhar tropical de São Luís, cidade colada na linha do Equador. O Rei do Rock, em "Cine tropical", é Erasmo Carlos - homenageado da música-filme "Namoradinho refém", que cita "Fama de mau" e repete a situação de "Coqueiro verde", do sujeito esperando a namorada.
     Colagem com sabor de Nordeste pop-colorido de filme de Guel Arraes codirigido por Hermano Vianna, o disco aproxima Baby Consuelo e Buena Vista Social Club, pregoeiro e Barbarella (de Cururupu, na ficção científica imaginada no CD), romance psicotrópico ("Quem me falou que você era o tal/ Esqueceu do detalhe do seu Gardenal") e chanchada mazzarópica ("Nós capota mas não breca"). Pairando sobre o álbum, o amor pelo cinema brasileiro.
     - Temos muito a ver com o universo de "Bye bye Brasil" >ita<(de Cacá Diegues); a capa é inspirada no filme - diz Luciana, explicando que referências internacionais e nacionais se misturaram em som e letras. - Tem Bardot, Morricone, Jovem Guarda, surf music, carimbó, soca, batidas eletrônicas...
     São Luís também tem papel central. Baseado em São Paulo, o casal voltou à capital maranhense para compor o disco lá, impregnado pelas tradições rítmicas, pelas cores e pela tropicalidade caribenha da cidade.
     O casal romântico de "Amor chanson", a garota papo-firme e o sujeito com fama de mau de "Namoradinho refém", o mocinho e a mocinha nordestinos que tentam a vida em São Paulo de "Nós capota", os fora da lei de "A revanche" - o "assalto" da dupla que bancou o "Cine tropical", aliás, foi o Prêmio Pixinguinha, da Funarte - vêm ao Rio em outubro. Eles trazem sua Caravana Rolidei para o Rival (como parte da programação do Rival Mais Tarde), na Cinelândia - onde mais?
De O Globo

Manchetes dos jornais

AQUI - MA - Timon: Tragédia familiar
ATOS & FATOS - Com medo do TSE: Jackson Lago e João Alberto estão ameaçados de cassação
CORREIO DE NOTÍCIAS - Moto Club para e "detona" FMF
GAZETA DA ILHA -Moto Clube enfata no velório do JV
JORNAL EXTRA- Em benefício de Gardeninha: João Castelo manda retirar painéis de Canindé Barros
JORNAL PEQUENO - PF refaz provas contra família Sarney
O ESTADO DO MARANHÃO -TSE aplica Lei da Ficha Limpa e barra registro
O IMPARCIAL - Maranhense preso no Egito deve ser deportado
TRIBUNA DO NORDESTE - Jackson recebe adesão de estudantes de S. Luís

Foco específico na mulher classe C

     A rede de varejo de moda feminina Marisa acaba de inaugurar uma loja no Tocantins, penúltimo Estado que faltava para estar presente em todo o Brasil. A unidade é localizada no primeiro grande shopping de Palmas. A empresa já possuía 11 lojas na região Norte. "Com a entrada em Palmas, a Marisa só não está presente em Roraima.
     Estamos atentos às oportunidades nesse Estado e em outras praças", afirma Marcio Goldfarb, presidente da Marisa, que espera que o crescimento seja congruente à expansão da renda. "A Marisa é a única companhia de varejo de vestuário em âmbito nacional com foco especifico na mulher classe C. Observamos, nos últimos anos, crescimento extraordinário desse público. Essa população quase dobrou desde 2003. Simultaneamente, a companhia dobrou sua área de vendas. A classe C responde hoje por 46% da renda nacional, devendo chegar a 60% até a metade do século."
Da Folha de S. Paulo