31 de mar. de 2010

Grita consegue patrocínio de 2009 para montar Via Sacra

Somente na semana passada o Grupo Independente de Teatro Amador – GRITA teve a confirmação pelo governo do estado do patrocínio ao espetáculo Via Sacra. Uma pendência na Procuradoria Geral do Estado ainda relativa ao ano passado justificava a retenção do pagamento do patrocínio de 2009 e o atraso na aprovação do projeto deste ano do espetáculo que ganhará sua 30ª versão nos dias 1 e 2 de abril, quinta e Sexta-feira Santa.

O secretário de Cultura, Luiz Bulcão, deixou para última hora o apoio prejudicando a montagem do espetáculo, um dos mais grandiosos do estado. Foi necessárioi a pressão dos integrantes do Grita para que as negociações chegassem a termo.

Este ano o tema do espetáculo será Via Sacra: uma escola de arte, referência ao Ponto de Cultura que em funcionamento no Grita vai capacitar jovens da área Itaqui-Bacanga em várias oficinas.

Considerado um dos maiores espetáculos de rua do Nordeste, a Via Sacra do Anjop das Guarda envolve um grande número de pessoas em sua montagem. Somente no elenco são cerca de 1.200 integrantes.

A idéia dos dirigentes do Grita é inserir de uma vez por todas a Via Sacra no calendário cultura do estado e do município de São Luís.

Engenheiros, marceneiros, pedreiros, pintores, comunicadores, técnicos, assistentes sociais, administradores, carroceiros, costureiras, estudantes, comerciantes, professores e uma gama de profissionais se envolvem diretamente na montagem do estapetáculo.

O espetáculo deste ano traz novidades: pela primeira vez, haverá uma representação de José, um dos principais personagens da história de Jesus. Nesta cena, José fala com o Cristo, ainda adolescente, sobre a importância do trabalho para o homem. O corredor das reflexões contará com stand´s que mostraram um pouco dos trabalhos de capacitação do Grita. Haverá ainda um memorial do grupo. Em outra cena, Jesus refletirá sobre a sua sagrada missão, o grande trabalho que vai realizar e os “trabalhadores” que o acompanharão. Na caminhada para o calvário, haverá crianças, em uma cena que denunciará a exploração do trabalho infantil.

Segundo o diretor do espetáculo, Waldemir Nascimento, a composição de todo esse evento engloba aspectos religiosos, culturais e sociais, “o Grupo GRITA tem buscado colocar para a sociedade a importância de questões sociais complexas, mas que fazem parte do nosso dia-a-dia. “Respeitamos a fidelização dos elementos principais da história, mas sempre preparamos algumas surpresas para o público, detalhes que diferenciam cada edição do espetáculo”, complementa Waldemir.

Frase

" As regras foram seguidas, tem uma proposta vencedora e é essa que o Partido dos Trabalhadores vai trabalhar".

Paulo Frateschi, observador do diretório nacional do PT, logo após encerrada a contagem de votos que deu maioria para a tese da aliança com o PCdoB do deputado Flávio Dino.

No Painel da Folha de S. Paulo

Tiroteio
Não temos nada contra a aliança nacional do PT com o PMDB. Só não queremos ver a Dilma de braço dado com o Sarney aqui no Maranhão.
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Do deputado DOMINGOS DUTRA (PT-MA), sobre a decisão do partido de apoiar Flávio Dino (PC do B) contra Roseana (PMDB), que buscará a reeleição ao governo do Estado.

Manchetes dos jornais

AQUI-MA – Ferro de engomar desaba
ATOS & FATOS - Eleição do PT vai se decidida no tapetão
CORREIO DE NOTÍCIAS – Teto do ferro de engomar desaba e causa pânico
GAZETA DA ILHA – O teto caiu
JORNAL A TARDE –Teto do ferro de engomar desaba e fere cinco pessoas
JORNAL EXTRA - Monteiro diz que a novela não acabou
JORNAL PEQUENO – Deputado ameaça fazer greve de fome se houver intervenção no PT
O DEBATE – Pesquisa divulga preço do pescado no Maranhão
O ESTADO DO MARANHÃO – Secretários-adjuntos assumirão 12 pastas
O IMPARCIAL – Dez secretários deixam o governo
TRIBUNA DO NORDESTE -MP entra com ação contra José Sarney

30 de mar. de 2010

MP cobra de Sarney remuneração acima do teto recebida nos últimos cinco anos

O Ministério Público Federal em Brasília entrou ontem com uma ação para cobrar de José Sarney a devolução dos vencimentos acima do teto do funcionalismo público recebidos por ele nos últimos cinco anos. Sarney ganha duas aposentadorias: como ex-governador do Maranhão e ex-servidor do Tribunal de Justiça do estado.

O processo baseia-se em reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em agosto passado, segundo a qual Sarney receberia pelo menos 52 000 reais por mês do poder público. Hoje o teto do funcionalismo é de 26 723,13 reais, salário pago aos ministros do STF.

Questionado pelo MP, Sarney se recusou a informar seus vencimentos. Mesmo assim, o procurador Francisco Guilherme Bastos acredita ter dados suficientes para comprovar as irregularidades e exigir o retorno dos recursos. Simultaneamente, ele está entrando com um pedido para que os órgãos públicos forneçam as informações.

Por Lauro Jardim, do Radar Online de VEJA

Violência no Maranhão teve maior crescimento do país entre 1997 e 2007

O Maranhão foi o Estado em que o número de homicídios no período de 1997 a 2007 teve o maior crescimento. O índice de aumento da violência com morte ficou em 241,3%, acima apenas de Minas Gerais com 213,9%.

A taxa de crescimento de violência com ênfase na população mais jovem foi divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Sangari através do Mapa da Violência, que desde 1998 vem sendo realizado. Desta vez o Instituto Sangari desta vez fez um recorte de cor (raça) e gênero.

O índice crescente de violência no Maranhão supera Alagoas, segundo estado do Nordeste com maior índice de homicídios entre a população jovem.Mas, ainda está distante do estado do Pernambuco, cuja média de homicídios por ano fica em torno de 4 mil pessoas.

Durante todo este período de vertiginoso crescimento estava na frente da Secretaria de Estado da Segurança Pública, o delegado Raimundo Cutrim, que retornou ao cargo depois que a governadora Roseana Sarney assumiu o mandato com a cassação do governador Jackson Lago em 17 de abril de 2009. Licenciado da Assembleia Legislativa, Cutrim retorna à base de apoio ao governo, depois de se desincompatibilizar do cargo para tentar a reeleição pelo DEM.

O Estado também lidera na taxa de homicídios no grupo de 100 mil habitantes no mesmo período. O crescimento foi de 188,4%. Passou da 26º para a 23º na taxa de homicídios entre as 27 unidades da federação.

Em São Luís o crescimento da taxa de homicídio neste intervalo de uma década foi de 119,7%. O levantamento do Instituto mostra que em1997 foram registrados 178 homicídios, enquanto que em 2007 na capital maranhense o número de homicídios foi de 391 assassinatos.

Número de homicídios no Maranhão
1997 - 320
1998 - 266
1999 - 251
2000 - 344
2001 - 536
2002 - 576
2003 - 762
2004 - 696
2005 - 903
2006 - 925
2007 - 1.092
Taxa de crescimento - 241,3

Número de homicídios em São Luís
1997- 178
1998 -135
1999 -107
2000 -144
2001 - 244
2002 -194
2003 - 284
2004 -307
2005 -294
2006 -313
2007 - 391
Taxa de crescimento - 119,7

Temer cobrou do presidente Lula: “Temos que resolver o Maranhão”

O PMDB comemorou e aproveitou o embalo da pesquisa Datafolha, que apontou o crescimento do percentual de votos do candidato do PSDB, José Serra (SP), para cobrar o apoio do PT nos estados. 

Ontem, antes da solenidade de lançamento da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, em Brasília, o presidente do partido, Michel Temer (PMDB-SP), conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi direto: “Temos que resolver o Maranhão”, afirmou, referindo-se ao fato de o PT maranhanse ter decidido apoiar a candidatura do deputado Flávio Dino (PCdoB) ao governo do estado contra a governadora Roseana Sarney (PMDB), que concorrerá à reeleição. 

Para o PMDB, a decisão dos petistas foi um susto porque, nos últimos dias, o grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recebeu o aviso do comando nacional do PT de que “estava tudo certo” em favor de Roseana. Entretanto, na hora da votação no diretório regional, no último domingo, o apoio a Flávio Dino ganhou por dois votos: 87 a 85. 

Agora, o PMDB irá pressionar para que o grupo aliado à governadora recorra ao diretório nacional petista e haja uma intervenção regional em favor de Roseana. Na conversa com Temer, no entanto, Lula apenas assentiu, mas não antecipou o que seu partido fará. Além do problema no Maranhão, o presidente já foi avisado pelos peemedebistas de que não adianta insistir em fazer do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), vice na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata do PT ao Palácio do Planalto. 

O presidente do BC não teria votos hoje numa convenção do PMDB para ser escolhido vice, ainda mais com a candidata petista estacionada e Serra apresentando uma certa recuperação de terreno. Portanto, o próprio Lula se encarregaria de dizer a Meirelles que, embora ele seja queridíssimo do governo, os peemedebistas querem dar a Dilma um vice com “mais cara de PMDB”. Ou seja, Meirelles será mesmo candidato ao Senado, pelo menos diante do quadro atual.

Correio Brasiliense

Governar é cuidar das pessoas

CAEMA

Projeto na Câmara aumenta pena para crime de calúnia

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6972/10, do deputado Milton Monti (PR-SP), que aumenta o rigor da punição contra o crime de calúnia, que passaria a ser a mesma prevista para o crime que foi imputado falsamente à pessoa caluniada.

Atualmente, o Código Penal (Decreto Lei 2848/40) inclui a calúnia entre os crimes contra a honra e prevê pena de detençãoA detenção é um dos tipos de pena privativa de liberdade. Destina-se a crimes tanto culposos (sem intenção) quanto dolosos (com intenção). Na prática, não existe hoje diferença essencial entre detenção e reclusão. A lei, porém, usa esses termos como índices ou critérios para a determinação dos regimes de cumprimento de pena. Se a condenação for de reclusão, a pena é cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. Na detenção, cumpre-se em regime semi-aberto ou aberto, salvo a hipótese de transferência excepcional para o regime fechado. Há ainda prisão simples, prevista para as contravenções penais e pode ser cumprida nos regimes semi-aberto ou aberto., de seis meses a dois anos, e multa. "Há casos em que as vítimas de calúnia têm a sua vida destruída e aquele que caluniou responde a um processo cuja penalidade é de apenas detenção de seis meses a dois anos e multa", diz o deputado.

"Tome-se como exemplo o fato de um cidadão ser falsamente acusado do crime de estupro. Essa pessoa responde ao processo presa, é vítima de agressões na cadeia e passa a ser objeto de desprezo da comunidade; enfim, tem sua vida aniquilada e aquele que levianamente imputou o crime responde por um crime menor", acrescenta.

No caso de estupro, para ficar no exemplo do deputado, o Código Penal determina penalidade de até 30 anos de reclusãoA reclusão é a mais severa entre as penas privativas de liberdade. Destina-se a crimes dolosos (com intenção). Na prática, não existe hoje diferença essencial entre reclusão e detenção. A lei, porém, usa esses termos como índices ou critérios para a determinação dos regimes de cumprimento de pena. Se a condenação for de reclusão, a pena é cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. Na detenção, cumpre-se em regime semi-aberto ou aberto, salvo a hipótese de transferência excepcional para o regime fechado. Há ainda prisão simples, prevista para as contravenções penais e pode ser cumprida nos regimes semi-aberto ou aberto., se houver morte da vítima.

Tramitação

O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ir ao Plenário.

Manchetes dos jornais

AQUI-MA – Artesãos do crime
ATOS & FATOS - Justiça indefere ação de Dino contra João Castelo
CORREIO DE NOTÍCIAS – Mortes e torturas em prisões no Maranhão
DIÁRIO DA MANHÃ – 60 crianças já morreram por falta de UTI no Maranhão
GAZETA DA ILHA – Fuga de mentirinhas em Pedrinhas
JORNAL A TARDE – Mais uma pessoa morre vítima de gripe A
JORNAL EXTRA - Já são 71 casos de suspeita da gripe do porco
JORNAL PEQUENO – Roseana foi a única derrotada pelo PT
O DEBATE – Secretaria confirma 17ª morte vítima da gripe A
O ESTADO DO MARANHÃO – PAC 2 investirá quase R$ 1 trihão até 2014
O IMPARCIAL – Tortura- Promotor e coronel na mira da OAB-MA
O QUARTO PODER - Acidente entre moto e caminhão mata 1

29 de mar. de 2010

Flávio Dino quer aliança ampliada com partidos de esquerda contra grupo Sarney

O deputado federal Flávio Dino (PCdoB) declarou nesta terça-feira, durante a primeira entrevista coletiva que concedeu como pré-candidato a governo do Estado, agora com o apoio do PT, que sua candidatura não será apenas de marcação, de demarcação de posição ou apenas de sustenção de bandeiras históricas.

"Será isto também, pois temos muito orgulho do patrimônio que nós representamos: da luta dos trabalhadores e das trabalhadores; dos pequenos e médios empresários, que lutam para prosperar e não conseguem espaço; por uma Maranhão desenvolvido; por aqueles que foram assassinados em conflitos agrários. Luta dos pescadores que todos os dias trabalham muito para retirar o seu sustento do mar, do rio e lagos maranhenses, e não são devidamente reconhecidos. Temos orgulho da bandeira do PCdoB e imenso orgulho de representar essa bandeira do maior partido político da América Latina e um dos maiores partidos de esquerda do planeta, que é o Partido dos Trabalhadores", explanou o pré-candidato.

Dino foi enfático em afirmar: "Faremos campanha para vencer, para ganhar as eleições de outubro, governar este estado e fazer a grande mudança. Assim como fizemos no Brasil, havermos de fazer no Maranhão".

A entrevista também marcou o momento de lançamento da pré-candidatura de Flávio Dino ao Governo do Estado nas eleições gerais deste ano.

Confira alguns trechos da entrevista do pré-candidato doPCdoB/PT:

Sobre estratégias de alianças
"Os companheiros do Partido Socialista Brasleiro vão reunir a sua direção nos dias 9 e 10 de abril. Debaterão os rumos. Nós temos expectativa. Apresentamos ao PSB a proposta de aliança. Estaremos aguardando, assim como aguardamos respeitosamente o debate interno do Partido dos Trabalhadores, aguardaremos o debate e deliberação do PSB. Com isso nós formaremos o palanque histórico que marcou a primeira campanha de Lula de 1989:  PT, PSB e PCdoB. A partir daí, abrimos discussões. Estive recentemente  com os companheiros do PPS, na sede estadual, num evento público. Há outras correntes que estamos debatendo; Não temos exclusão de nenhuma natureza.  Nosso palanque é amplo a partir de um programa, de compromissos históricos com a mudança do Maranhão. Todas as forças políticas que se enquadrarem e desejarem se somar a esse movimento por um Maranhão forte, pela renovação e pela mudança, serão muito bem vindas e muito bem acolhidas pelo meu partido, pelo PT e todos que hoje anunciam a nossa pré-candidatura"

Debate com difamações do grupo Sarney
"Em primeiro lugar, deploramos este tipo de campanha de quem não tem propostas para mudar o Maranhão, quem está no governo há 45 anos e busca este tipo de discurso como refúgio para esconder suas insuficiências, suas lacunas. Não aceitamos este tipo de campanha, o debate nesse nível. Pelo contrário, buscamos uma campanha programática de alto nível e respeitosa. Nós respeitamos os nossos adversários políticos. Não faremos ataque de baixo nível, campanha difamatória. Se nós sustentamos a mudança; é mudança no conteúdo, na forma e no método também. Esse respeito que nós temos, esperamos que nossos adversários tenham também. Na campanha de prefeito nós respondemos a todas essas questões com a prática política. Dizia e agora repito: nunca houve, não há, nenhuma frase, nenhum gesto, nenhum movimento meu de aliança com o grupo Sarney em toda a minha trajetória política. E já se vão 26 anos, ainda que esteja em primeiro mandato parlamentar "

Semelhança com Collor
"Em relação ao ex-presidente Collor, eu estava entre aqueles que lutaram contra ele. O mesmo Flávio de 1989 é o Flávio de 2010. Não mudamos. Eu não mudei nada. Se ele reviu a sua posição, fez auto-crítica, acho bastante positivo. Como cristão, acredito que as pessoas evoluam. Mas não tenho nenhuma identificação histórica com o ex-presidente Fernando Collor"

Divisão no apoio do PT estadual
"Estamos plenamento convicto do nosso acerto, de nossa opção. Ontem (domingo) e hoje recebi vários telefonemas de companheiros da direção nacional do PT, com os quais tenho identificação histórica, na medida em que fui integrante da sua direção estadual, antes de ser juiz. Tenho muitos amigos no Partido dos Trabalhadores, na bancada do PT, seja na Câmara, seja no Senado. E tenho com a Ministra Dilma aplicações nascidas da grande presença que ela teve na campanha de prefeito em 2008. Na grande presença que ela teve no memorável e vitorioso comício na Praça Deodoro. Nós temos convicção do respaldo nacional que há para nossa candidatura, inclusive no âmbito do PT. Respaldo amplamente majoritário, de alto a baixo. Esse foi o sentimento de apoiar nossa candidatura,da sua direção nacional e da militância de todo o Estado do Maranhão que desejavam nossa vitória. O resultado de dois votos já passou, hoje temos a convicção de que teremos a unidade do PT na campanha."

Sobre suposta intervenção no PT
"Tenho respeito pela autonomia do PT. O debate interno do PT é interno. E não cabe a mim opinar sobre isso. Esse debate passou. Hoje o presidente do PT, Raimundo Monteiro, em um dos jornais da cidade declarou que o candidato do Partido dos Trabalhadores no Maranhão é Flávio Dino. Então, não há mais debate interno do PT no Maranhão. Há um desejo nosso, que eu quero mais uma vez sublinhar, que o PT nos ajude a comandar esse grande processo, esse grande movimento."

Apoio de Lula e da classe política
"Tenho certeza que ele está feliz. O Lula já está nos apoiando. Se o PT nos apoia, o presidente nos apoia. Evidentemente que existem as alianças nacionais. Compreendemos as alianças nacionais. Temos responsabilidades com o partido e maturidade para compreender esse aliança. Eu no congresso nacional a compreendo diariamente. Esse modelo nós estamos trazendo para o Maranhão. Nós não excluímos, a priori, nenhum força política que queira mudar o Maranhão. Todas as forças políticas, mesmo aquelas que não estão conosco. Porque, quando ganharmos a eleição, empresários que não nos apoiaram não vão ser perseguidos, prefeitos que não nos apoiaram não vão ser perseguidos. Vamos republicanizar o Maranhão. Todos os 217 prefeitos a quem chegar a nossa mensagem podem ter a certeza que serão tratados igualmente, assim como os empresários, trabalhadores, porque será um governo que respeitará a lei. E a nossa constituição diz que haja igualdade no tratamento entre todos. Então não vamos discriminar ninguém, não vamos sabotar ninguém. Essa é a proclamação da República no Maranhão".

Candidato a vice-governador na chapa
 "Temos um compromisso. Caberá a escolha ao PT que indicará o candidato a vice-governador. E assim como em 2008 nós acolhemos fraternalmente a indicação feita pelo PT, também em 2010 acolheremos a indicação. Confiamos muito na sabedoria do PT que escolherá um excelente nome para nos ajudar a governar o Maranhão."

Segurança sobre a aliança com o PT
"A garantia que tenho foi dada pelo secretário de organização do PT, Paulo Frateschi, o observador do diretório nacional, que ao final do encontro declarou que aquele era o resultado. A direção nacional já se pronunciou na verdade sobre isso. A legalidade petista e o estatuto partidário foram plenamente observados. Houve um debate democrático. Temos a garantia da lei e também a garantia política dada pelo secretário Frateschi".

Conversa com Jackson Lago e PDT
"No último sábado o governador Jackson Lago telefonou para mim, para parabenizar sobre a vitória da decisão do PT. Conversamos, amistosamente, sobre o resultado. Ficamos de conversar posteriormente. O governador Jackson tem todo o direito de disputar a eleição. É uma decisão dele e do PDT. Temos respeito pelo partido, que é nosso aliado nacional, do campo do Lula, e do campo histórico desde Brizola. Aguardamos que ele se defina em relação a isso. E, em se definindo, respeitamos essa decisão."

Igrejas evangélicas e religião
"Vou governar para os católicos, evangélicos e para todas as denominações religiosas. Em primeiro lugar, tenho minhas convicções religiosas: sou cristão, católico desde sempre, de formação familiar e do Colégio Martista. Mas, quando governador, todas as religiões serão respeitadas e valorizadas. Todas as igrejas serão apoiadas. Particularmente, em relação aos evangélicos, ao grande trabalho que eles prestam, já dizia na campanha para prefeito, agora reintero: nós precisamos ampliar a rede de proteção social no Maranhão, dado esse quadro de injustiça e de pobreza. As denominações evangélicas têm uma imensa capilaridade e um trabalho social notável; de combate às drogas, à violência, de proteção à família. Quando estivermos no governo vamos manter essa relação produtiva com os evangélicos."

Palanque de Dilma Rousseff
"Há um projeto nacional que nós respeitamos. Mas a ministra Dilma estará conosco na campanha e seremos vitoriosos. Vamos lutar muito para isso. Somos o palanque histórico nessa posição política no Brasil e também no Maranhão. Nós sempre estivemos nesse lado. Quando a atual governadora Roseana apoiou o presidente Fernando Henrique Cardoso, nós estávamos do outro lado. Então ela mudou. Aparentemente ela declara em nota que irá também propiciar o palanque a ministra Dilma. Isso é uma definição deles lá, dos partidos que a apoiam e que nós não temos nada a objetar em relação a isso, porque não nos compete. Mas temos a firmeza e a clareza de que no Maranhão o palanque da ministra Dilma é o nosso."

Distinção entre palanques de Dilma
"Se houver esses dois palanques, o que vai distingui-los para a sociedade será o debate sobre o Maranhão. Nós teremos coerência entre o que nós defendemos para o Brasil e o que defendemos para o Maranhão. A distinção será essa. Queremos o Brasil e o Maranhão andando na mesma direção: para a esquerda e em defesa dos trabalhadores. O outro palanque vai ter que dizer e mostar em sua prática se deseja isso ou se há de fato uma incoerência interna no discurso que eles irão apresentar".

João Alberto: “Nunca foi batido martelo sobre a vice-governadoria com o PT”

O grupo político ligado ao senador José Sarney ainda espera que a direção nacional do PT intervenha na decisão do partido no Maranhão, que no sábado rejeitou uma aliança com o PMDB da governadora Roseana Sarney e optou pelo PCdoB do deputado Flávio Dino.

Como compensação pela aliança a governadora Roseana Sarney ofereceu vantagens aos petistas comandados pelo deputado federal Washington Oliveira, como secretarias importantes na administração do estado ou vagas na chapa majoritária para as eleições de outubro.

Após a decisão, vários integrantes do grupo Sarney manifestaram a intenção de pressionar a direção nacional para que o PT repita no Estado a aliança nacional com o PMDB. O vice-governador do estado, João Alberto de Souza (PMDB), que pelo apoio do PT cederia a reeleição para a vaga ao deputado Washington Oliveira, é um dos que esperam intervenção da direção nacional.

Logo após o encontro estadual do PT que decidiu por 87 votos contra 85 apoiar o deputado federal Flávio Dino na eleição para governador do estado, João Alberto minimizou a decisão partidária.

“Nós temos que primeiro ver o que diz a direção nacional. Porque a direção nacional fez publicar que todas as coligações nos estados têm que ter uma aprovação nacional”, salientou o peemedebista.

Embora busquem o apoio do PT, agora transformado em uma questão de honra, o grupo político do senador Sarney tem conhecimento claro das barreiras históricas para compor essa aliança. O próprio João Alberto reconhece. ”O PT nunca foi coligado conosco. Ia coligar desta vez. Portanto, continua tudo a mesma coisa, apenas não coligou. Nós marcharemos, continuaremos nosso vida como uma mesma coisa ”, resume.

O resultado do encontro petista recolocou João Alberto na condição de candidato nato à vice-governadoria. Segundo o ex-presidente estadual do PMDB na reunião entre Roseana e os petistas ligados a Washington Oliveira, não foi selado o compromisso de ceder a vaga da vice-governadoria na chapa ao PT.

“Sou candidato a vice-governador pelo PMDB. Nunca se bateu martelo em se negociar a vice-governadoria. Mas sou um homem de grupo, sou um homem de partido. Acredito que a vice-governadoria sou eu. Em outra situação eu vou ser Senador”, conclui o atual vice-governador.

Como estratégia política, no entanto, o grupo busca pescar um nome de expressão política no sul do estado, onde há grande rejeição pela governadora Roseana Sarney. João Alberto mostra que está disposto a lutar pela reeleição.

No Painel da Folha de S. Paulo

Jurisprudência. O deputado federal petista Domingos Dutra não acredita em intervenção da Direção Nacional no Maranhão, onde o partido rejeitou apoio a Roseana (PMDB): "Se haverá dois palanques na Bahia e no Rio, por que não aqui? Só porque tem Sarney no meio?".

Manchetes dos jornais

AQUI-MA - Tiroteio na van
JORNAL PEQUENO - Relatório da PF monstra alto índice de corrupção no Maranhão
O ESTADO DO MARANHÃO - Roseana agradece os votos do PT
O IMPARCIAL - Roseana não desiste do PT

28 de mar. de 2010

Bicho Urbano

*Ferreira Gullar


Se disse que prefiro morar em Pirapemas
      ou em outra qualquer pequena cidade
      do país
      estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor da alvorada

Não não quero viver em Pirapemas
Já me perdi
Como tantos outros brasileiros
me perdi, necessito
deste rebuliço de gente pelas ruas
e meu coração queima gasolina ( da
comum) 
        como qualquer outro motor urbano

A natura me assuta
Com seus matos sombrios suas águas
suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
            de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.

* Do livro "Na vertigem do dia" , publicado em 1980.

Filho de Sarney pode ter repatriado US$ 1 mi

MARIO CESAR CARVALHO DA REPORTAGEM LOCAL


LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB), pode ter trazido US$ 1 milhão do exterior ao remeter esse mesmo valor, a partir de uma conta mantida por ele nas Bahamas, para uma empresa na China.

A interpretação é de dois ex-doleiros e de dois delegados da Polícia Federal, que aceitaram explicar o significado da operação sob a condição de que seus nomes não fossem divulgados.

Como a Folha revelou no início do mês, Fernando remeteu US$ 1 milhão no começo de 2008 para uma empresa chamada Prestige Cycle & Parts (aparentemente um fabricante ou revendedor de acessórios de bicicletas), em Qingdao, na China. O dinheiro saiu da conta em nome de uma "offshore" movimentada por Fernando.

A dúvida é: por que o filho mais velho do presidente do Senado enviaria US$ 1 milhão para uma empresa de bicicletas na China? Os dois ex-doleiros dizem que esse tipo de operação, em que a empresa que recebe o dinheiro não tem relações diretas com quem fez a remessa, é típica de internamento de recursos. É o chamado dólar-cabo, operação em que um brasileiro que tem conta ilegal no exterior recorre quando precisa dos recursos convertidos em reais aqui no país.

Segundo os ex-doleiros, Fernando deve ter feito a remessa para a China a pedido de algum doleiro brasileiro. O doleiro, por sua vez, tinha um cliente no Brasil que precisava fazer essa transferência para a China. Num exemplo hipotético, esse cliente havia importado US$ 2 milhões, mas só declarou US$ 1 milhão às autoridades brasileiras. A diferença de US$ 1 milhão é paga por fora, sem impostos, e precisa sair de uma conta no exterior.

O doleiro casa essas duas necessidades. Num outro exemplo, ele pediria a Fernando para enviar o dinheiro para a China e entregaria a ele no Brasil o mesmo valor. Para fazer esse tipo de operação, o doleiro ganha uma comissão, de 1% a 2%.

Na Operação Faktor (ex-Boi Barrica), a PF captou, com autorização da Justiça, uma série de conversas e e-mails entre Fernando Sarney, familiares seus e amigos tratando de operações financeiras no exterior.

Numa delas, Fernando fala na necessidade de levantar US$ 2 milhões, de acordo com o entendimento dos policiais. Pelo diálogo, os investigadores acreditam que ele precisava trazer o dinheiro para o Brasil.

O filho do senador conversa com o empresário e seu amigo Gianfranco Perasso, apontado pela PF como um dos operadores da família Sarney para transações financeiras fora do país. Fernando chama Perasso pelo apelido de "China".

Diz Fernando: "Muito bem, porque eu não vou esperar aquela outra solução, não, viu China? A pressão está muito grande, eu vou resolver isso daquela outra forma que você".

"Quantos quilos você precisa?", pergunta Perasso.

"[...] Eu falei em quase dois americanos, mas não cheguei a tanto, não, tá? Mas você sabe do que eu preciso, né?", responde Fernando. No entendimento da PF, "dois americanos" era uma referência a US$ 2 milhões. Num dos relatórios da Faktor, a PF afirma que nem Fernando, seus familiares diretos ou Perasso declararam à Receita contas no exterior.

outro lado

Empresário se recusa a falar sobre operação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Folha procurou o empresário Fernando Sarney e seu advogado, Eduardo Ferrão, em várias ocasiões na semana passada.

Em todas as vezes, as perguntas da reportagem se referiam a transações financeiras de Fernando no exterior. Nenhum dos dois quis comentar os casos, alegando segredo de Justiça nas investigações da Polícia Federal.

Na quarta-feira, quando a reportagem questionou Fernando sobre o bloqueio de uma conta movimentada por ele na Suíça, ele disse, sem confirmar nem negar que é o controlador dos depósitos, que não iria se manifestar "sobre o que não conhece".

No início do mês, Fernando já tinha se recusado a comentar a movimentação de recursos em uma conta na China, também não declarados.

O empresário tem dito que não vai se manifestar sobre a Operação Faktor por considerar que o vazamento de informações "é criminoso".

Sobre as acusações de irregularidades financeiras atribuídas ao empresário, seu pai, o presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), declarou que esse assunto não lhe diz respeito, uma vez que "Fernando é maior de idade e tem advogado constituído".

Manchetes dos jornais

ATOS & FATOS – Serra bota nove pontos à frente de Dilma em pesquisa
CORREIO DE NOTÍCIAS –PT rejeita Roseana e parte abraçado com Dino
DIÁRIO DA MANHÃ –16ª criança morre por falta de ITI
JORNAL A TARDE – Prefeitura de São Luís inicia pagamento de servidores municipais na terça-feira
JORNAL EXTRA - Flávio Dino: um Collor de Mello?
JORNAL PEQUENO – Flávio Dino derrota Roseana e ganha apoio do PT
O DEBATE – Casal é condenado pela morte da menina Isabella
O ESTADO DO MARANHÃO – Mais de 150 já vacinados contra gripe A no Maranhão
TRIBUNA DO NORDESTE – Fernando Sarney já está a um passo de ir pra cadeira

27 de mar. de 2010

No Radar de VEJA

A Usina Geisel

A usina Angra 1 será batizada quase três décadas depois de sua inauguração. Receberá o nome de Usina Presidente Ernesto Geisel. A ideia partiu de Edison Lobão em conversa com Lula e Dilma Rousseff. Lobão fez a proposta sob a justificativa de que foi pela determinação de Geisel que se ergueu a usina. Lula, que surgiu como figura nacional ao liderar uma greve justamente no governo Geisel, deu um o.k., com um "está bem, ele merece".
Dívida de Lobão
A propósito, foi com o apoio de Geisel que o atual ministro de Minas e Energia se lançou na política, como deputado federal. Geisel era admirador dos artigos que Lobão escrevia para jornais brasilienses nos anos 70, nos quais defendia os feitos do governo federal.




Renato Russo ganha livro e CD no aniversário de 50 anos

MARCUS PRETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Se não tivesse morrido em 1989, Renato Russo completaria 50 anos hoje. Ainda que os fãs mais fanáticos -e ele tinha muitos- tenham se dissipado, o legado do artista continua rendendo desdobramentos.

Para o aniversário, chega às lojas nesta semana o CD "Duetos". O título é autoexplicativo. O cantor divide faixas com artistas como Dorival Caymmi, Marisa Monte, Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Zélia Duncan, Adriana Calcanhotto, Fernanda Takai e Cássia Eller.

O projeto é do produtor Marcelo Fróes, cabeça por trás de quase todas as ações ligadas a Renato e a Legião Urbana. Ele conta que as vozes de Renato usadas nos seis duetos póstumos (Caetano, Cássia, Takai, Célia Porto, Laura Pausini e Leila Pinheiro) são sobras das gravações de "V", da Legião, e dos dois álbuns solo do cantor.

Outro lançamento é "Como Se Não Houvesse Amanhã", livro organizado pelo escritor Henrique Rodrigues, reunindo 20 contos de autores como Marcelo Moutinho, Tatiana Salem Levy, Sérgio Fantini, Miguel Sanches Neto e João Azanello Carrascoza. Cada texto parte de personagens e situações desenvolvidos por Renato nas canções da Legião Urbana.

No segundo semestre, deve sair o prometido relançamento em CD e vinil de toda a obra da Legião, além dos álbuns solo de Renato, lançados originalmente já na era digital.

Para ser lançado junto com esse material, está sendo produzido um DVD com todos os clipes protagonizados por Renato e as participações dele em alguns programas de auditório. A cantora Leila Pinheiro também finaliza CD em que interpretará só repertório do compositor.

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DUETOS
Artista: Renato Russo
Lançamento: EMI
Quanto: R$ 30


COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ
Autor: Henrique Rodrigues (org.)
Editora: Record
Quanto: R$ 32,90 (160 pgs.)

Destaque da Semana

Justiça Eleitoral divulga vantagens de ser mesário voluntário

O cidadão brasileiro tem a chance de atuar de forma mais participar nesta eleição. Você sabe como? Seja um Mesário Voluntário. Se você estiver em situação regular perante a Justiça Eleitoral, basta se inscrever na página do TRE (ícone “Mesário Voluntário”), no disque-eleitor (0800 098 5000) ou no próprio Cartório Eleitoral.

Ao ser mesário o cidadão recebe algumas vantagens: 2 dias de folga para cada dia trabalhado como mesário; 2 dias de folga para cada dia de treinamento; certificado de serviços prestados à Justiça Eleitoral; auxílio-alimentação e preferência no desempate em concursos público (desde que previsto em edital).

Incentivando o cidadão a ser Mesário Voluntário, a Justiça Eleitoral tem por objetivo divulgar e conscientizar a população sobre a importância do seu papel no processo eleitoral. E é sempre bom lembrar, o mesário tem importante missão no processo democrático, pois é responsável por apresentar ao eleitor os meios através dos quais estes poderão exercer a sua cidadania.

Washington Oliveira divide seu apoio à "companheira" Dilma Rousseff

O deputado federal Washington Oliveira é ferino quando se refere à curta gestão do pedetista Jackson Lago na administração estadual. Para Oliveira, o governo de 27 meses de Lago teve fortes matizes tucanas, com aprovação festejada de petistas como o deputado federal Domingos Dutra. 

Ardoroso na defesa da candidatura da "companheira" Dilma Rousseff, Washington Oliveira no exercício do mandato tem percorrido o estado inteiro de braços dados  com o deputado estadual, Carlos Filho (PV), cabalando votos para a reeleição do segundo e a eleição do primeiro. Pelo que se sabe, PV tem a senadora Marina Silva (AC) como candidata à Presidência da República. Em alguns momentos Marina Silva tem  afinado seu diapasão mais  com Serra que com a  pré-candidata apoiada pelo Presidente Lula.

Carlos Filho, um deputado ausente na Assembleia e relapso com o mandato, é ex-genro da governadora Roseana Sarney(PMDB). Sua postura ideológica é de "bon vivant".  No início do mês, os companheiros da dobradinha de palanque foram até o Palácio dos Leões  levar de bandeja um aliado eleitoral, o prefeito de Coroatá Luiz Amovelar (foto). 

Espelho

Na equipe de governo de Jackson Lago dois petistas assumiram secretarias: Terezinha Fernandes, ex-deputada federal, a Secretaira de Trabalho e Economia Solidária, hoje ocupada pelo também petista José Antonio Heluy, filho da deputada estadual Helena Barros Heluy (PT); e o engenheiro petista, Ricardo Ferro, a Secretaria de Minas e Energia. Essa última ocupada no governo Roseana pelo peemedebista Fufuca Dantas.

Os tucanos estavam na Casa Civil; cujo titular era o ex-deputado estadual e ex-candidato ao governo do estado, Aderson Lago, na Secretaria de Infraestrutura e Cidades, comandada pela ex-deputada estadual Telma Pinheiro; e na Secretaria de Articulação Política, com o ex-deputado estadual Wilson Carvalho. 

Embora não tenha pintado com as cores tucanas sua equipe, a governadora Roseana Sarney deu preferência ao DEM, um adversário ferroz da "companheira" Dilma e do Presidente Lula. Ao partido que derivou do PFL, ex de Roseana, a governadora acomodou o engenheiro civil Max Barros, na Secretaria de Infraesturtura; o veterinário César Pires (DEM), na Secretaria de Educação e o delegado federal aposentado Raimundo Cutrim, na Secretaria de Segurança. Todos deputados estaduais do DEM. È um deputado do DEM, Francisco Gomes, o líder do governo na Assembleia.

Os democratas do governo Rosena Sarney são invisíveis  ao postura ideológico do deputado federal Washington Oliveira. Essa condição espera-se que ele não  repita em relação aos verdes comandados por Sarney Filho. De forma pragmática não estará colaborando coma "companheira" Dilma , diante do poderio eleitoral do filho mais novo do senador José Sarney.

Manchetes dos jornais

O DEBATE - Caso Isabella Nardoni: Casal é condenado pela morte da menina Isabella.
ATOS E FATOS - Serra bota nove pontos à frente de Dilma em pesquisa.
JORNAL A TARDE - Prefeitura de São Luís inicia o pagamento de servidores municipais na terça-feira.
CORREIO DE NOTÍCIAS - PT rejeita Roseana e parte abraçado com Dino.
JORNAL EXTRA - Flávio Dino: um Collor de Mello?
DIÁRIO DA MANHÃ - 16ª criança morre por falta de vaga em UTI.
TRIBUNAL DO NORDESTE - Fernando Sarney já está a um passo de ir pra cadeia. 

26 de mar. de 2010

Fábio Rocha é um exemplo de grandeza no PT do Maranhão

O secretário de comunicação do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, Fábio Rocha, é irmão do prefeito cassado de Barreirinha, Milton Dias Rocha Filho, ainda filiado ao PT.

Miltinho foi cassado, depois de sucumbir na Justiça Eleitoral a um processo comandado pelo segundo colocado na eleição de 2008, Albérico Filho (PMDB), sobrinho do presidente do Senado, José Sarney. Foi acusado de trocar votos por terrenos e material de construção.

Fábio Rocha esteve presente à reunião do PT com a governadora Roseana Sarney, prima de Albérico, e parte da cúpula mais antiga do PMDB, como o deputado federal Pedro Novais.

Na véspera do encontro, Rocha era contabilizado como um dos ausentes à reunião que de certa forma sinalizou positivamente para uma aliança entre o PT e o PMDB em âmbito estadual.

Miltinho Rocha recebeu ao longo do processo de cassação e à época do seu afastamento a solidariedade do Diretório Estadual do PT, presidido pelo pelo deputado federal Domingos Dutra. Aliados também foram no primeiro mandato do Dr. Miltinho.

Albérico Filho foi diplomado em outubro do ano passado, exatamente um ano após as eleições municipais. Não se sabe as causas do abrandamento das denúncias feitas pelo suplente de deputado federal Albérico Filho ao ex-prefeito, após a posse.

A tolerância de Albérico Filho evidenciou-se  ainda mais quando da reportagem veiculada pela Rede Globo, denunciando o estado das escolas da rede municipal pública de ensino, inclusive uma cuja construção dentro de um cemitério.

Tudo obra e graça de Miltinho Rocha, afirmou o Sarney sobrinho, com ares brandos em rede nacional. Nada vrbalizou sobre o desejo de ver o ex-adversário atrás das grades, por impobridade administrativa.

À despeito de pensamentos maldosos, Fábio Rocha, por autonomia, desconsiderou a campanha de enlameamento moral e humilhação sofridos pelo irmão liderado pelo clã Sarney, para sublimamente colocar em primeiro lugar a eleição da companheira Dilma, para quem, ao menos no Maranhão, o apoio do PMDB é imprescindível.

Rocha é um exemplo da nova era do PT, inaugurada pelo companheiro Raimundo Monteiro sob ditames de Washington Oliveira. Dono de um espírito incomparável de grandeza e maturidade político. Resumindo: é um exemplo.

No Painel da Folha de S. Paulo

Empurrãozinho. Presidente do PT, José Eduardo Dutra desembarca hoje em São Luís para tentar articular o apoio do partido à candidatura da governadora Roseana Sarney (PMDB) à reeleição.


Noiva. O PT maranhense sofre também o assédio de Flávio Dino (PC do B). No sábado, o partido define o rumo.

Folha de S. Paulo: PF investiga se filho de Sarney simulou importação da China

LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


A Polícia Federal investiga a suspeita de que o filho mais velho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tenha simulado uma operação de comércio exterior para remeter ilegalmente recursos para fora do país. Esse artifício é usado por doleiros de São Paulo e investigado pela Polícia Civil e pela Receita Federal no Estado.

A PF e o Ministério Público Federal, num desdobramento da Operação Faktor (ex-Boi Barrica), rastreiam contas do empresário Fernando Sarney em diversos cantos do mundo.

No decorrer desse trabalho, os investigadores se depararam com a chamada "conexão chinesa", empregada por doleiros e, segundo investigadores do caso, possivelmente adotada também por Fernando.

O esquema consiste na utilização de empresas fantasmas registradas em nome de laranjas para simular transações de compra e venda com a China, dando aspecto de legalidade a operações de evasão de divisas.

Na primeira etapa, a empresa fictícia no Brasil fecha a importação de produtos chineses. O contrato de câmbio é então devidamente registrado no Banco Central. Depois, os dólares são enviados para uma conta na China em nome do exportador.

A partir daí a fraude se torna visível. A mercadoria comprada nunca chega ao Brasil. Os policiais e os auditores vão atrás dos "donos" das importadoras. No lugar de empresários bem-sucedidos, encontram pessoas humildes que tiveram seus nomes usados indevidamente.

A essa altura, o dinheiro depositado na China provavelmente já foi transferido para algum paraíso fiscal europeu ou caribenho. As empresas chinesas também são de fachada.

Conforme a Folha revelou em 2009, a investigação dos policiais e fiscais paulistas identificou um grupo de 40 empresas que usou esse mecanismo para enviar ao menos US$ 800 milhões, entre 2005 e 2008, para o exterior.

No início de 2008, Fernando Sarney fez uma operação semelhante a esse esquema. O dinheiro transferido, porém, já estava no exterior. De uma conta em nome de "offshore" nas Bahamas, ele remeteu US$ 1 milhão para uma agência do HSBC em Qingdao, na China.

A beneficiária dos recursos é a Prestige Cycle Parts & Accessories Limited -pelo nome, seria uma empresa de peças e acessórios de bicicletas ou motocicletas. Não é de conhecimento público que Fernando Sarney ou sua família tenham negócios nessa área.

Essa não foi a única transação financeira no exterior realizada pessoalmente pelo filho do presidente do Senado e rastreada pelos investigadores brasileiros. Conforme a Folha revelou ontem, o governo suíço, a pedido da Justiça Federal brasileira, bloqueou uma conta controlada exclusivamente por Fernando, com depósitos de US$ 13 milhões.

As autoridades daquele país detectaram uma tentativa de Fernando de transferir recursos para o Principado de Liechtstentein, conhecido paraíso fiscal europeu.

Na Operação Faktor, a PF interceptou, com autorização judicial, diversos e-mails de Fernando, seus familiares e amigos tratando de operações financeiras no exterior.

Numa das mensagens, sua mulher, Teresa Sarney, informa a uma pessoa chamada Zeca (não identificado) uma conta numerada no banco americano Wells Fargo, para o "depósito de mil dólares".


E-mails para banco foram monitorados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal interceptou e-mails trocados por pessoas próximas a Fernando Sarney nos quais são informadas transações financeiras no exterior a partir de uma conta no banco Credit Suisse.

As mensagens eletrônicas foram monitoradas pela PF com autorização judicial. Em três delas, o remetente é um funcionário do Credit Suisse em Nassau (Bahamas), identificado como "gestor de grandes fortunas".

Os e-mails são enviados ao empresário Gianfranco Perasso. Segundo a PF, Fernando contava com a ajuda de Perasso para operar contas no exterior em seu nome. Os dois são amigos desde que cursaram engenharia na USP.

Em mensagem de 2 de abril de 2008, com o título "remessa", o funcionário do banco diz que a "execução do pagamento foi correta" e que o beneficiário é a "Kalasia International", provavelmente uma "offshore" nas Bahamas.

Em outro e-mail do dia 7 de abril, Perasso também trata de depósito. "Meu correspondente afirma que não houve o depósito", diz ele. "Estou solicitando o retorno dos fundos imediatamente", responde o funcionário do banco.

Não há contas no exterior declaradas à Receita em nome do empresário, da mulher dele, Teresa Sarney, e de Perasso.


outro lado

Empresário e advogado não falam sobre o caso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O empresário Fernando Sarney não respondeu ao pedido da Folha para que comentasse a suspeita da PF de que simulou uma operação de comércio exterior para remeter ilegalmente recursos ao exterior.

Procurado, seu advogado, Eduardo Ferrão, não ligou de volta. Fernando tem se recusado a falar sobre assuntos que envolvam a Operação Faktor, por considerar que é uma investigação sigilosa e que seu vazamento é "criminoso".

A mesma atitude foi adotada quando ele foi questionado anteontem sobre o bloqueio de uma conta sua pelo governo suíço. O empresário afirmou que não iria se manifestar "sobre o que não conhece".

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pai de Fernando, tem dito que o assunto não lhe diz respeito e que cabe a seu filho e ao advogado dele comentarem o assunto.

O empresário Gianfranco Perasso não foi localizado para comentar a troca de e-mails com o banco Credit Suisse.

O banco Credit informou que não iria se manifestar.

Frei Betto e Wagner Cabral participam de seminário sobre Justiça, Paz e Economia

A Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz de São Luís convida para o Seminário “Justiça, paz e economia", com Frei Betto (foto) e o professor Wagner Cabral, que será realizado nos dias 5, a partir das 14h, e, 6 de abril, a partir das 8h, no auditório do Sebrae Jaracaty, com encerramento às 18h.

O Seminário faz parte da programação do projeto “Quartas de Paz” e tem como objetivo aprofundar as discussões a respeito do tema da Campanha da Fraternidade 2010 “Economia e Vida”.
 
Ainda como parte da programação do projeto, serão realizados dois encontros: “Frei Beto encontra o Mundo Universitário”, dia 5 de abril, às 19h30, e “Frei Beto Encontra as Comunidades”, no dia 6 de abril, no mesmo horário, ambos no Colégio Santa Teresa.
 
Quem são eles
 
Ex-preso político, o mineiro Frei Betto é autor de 51 livros, entre eles "Cartas de P\risão" e "Batismo de Fogo". Eleito intelectual do ano pela União Basileira de Escritores em 1986, Frei Betto ganhou o prêmio Juca Pato pela obra "Fidel e a religião". Ex-assessor especial da Presidência da República, entre 2003-2005, o teólogo declarou voto, no primeiro turno, na candidata à presidência do PV, Marina Silva.
 
Wagner Cabral da Costa é professor do Departamento de Histórico da Universidade Federal do Maranhão, UFMA e autor do livro "Sob o signo da morte: O poder oligárquico de Victorino a Sarney", da coleção de Teses e Dissertações do departamento, editado em 2006.
 
Em fevereiro deste ano Cabral denunciou a farsa envolvendo a divulgação de uma pesquisa de intenção de votos para governador nas eleições deste ano.

Domingos Dutra: "Nós não somos jumento ruim para ser arrastado pelo beiço"

O Deputado Domingos Dutra (PT-MA) divulgou ontem, 25, no Plenário da Câmara, o artigo "Em defesa do PT e de um Maranhão livre", que contém a assinatura de vários militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). De acordo com o Deputado Dutra, o manifesto irá determinar o futuro do partido: se apóia o Deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) em sua candidatura a governador maranhense, ou a reeleição da Governadora Roseana Sarney (PMDB-MA).

O Deputado Dutra afirmou que a participação do PT nas eleições de 2010 será decisiva, pois o partido decidirá se continua no atraso, ostentando os piores indicadores sociais; ou se inicia o processo de mudança para construir um Maranhão livre, próspero e justo. "Os maranhenses não agüentam mais a dor da pobreza, a corrupção deslavada, a concentração ilícita de riqueza e o poder autoritário e excludente de uma oligarquia que humilha, debocha e massacra o povo", denunciou.

Também informou que o jornal Folha de S.Paulo noticiou o bloqueio de U$13 milhões da conta de Fernando Sarney na Suíça. Fernando é quem controla o patrimônio e as contas da família. De acordo com o Deputado Dutra, é mais um bloqueio de recursos ilicitamente transferidos do Brasil para paraísos fiscais. "É esse tipo de gente, uma família que manda e desmanda no Maranhão, que transformou o Maranhão no pior Estado do Brasil", argumentou o Deputado Dutra.

Ao final, o Deputado Dutra se mostrou esperançoso com a negação da aliança com o PMDB no Maranhão. "O PT não pode se curvar à oligarquia, o PT não é sapo para morrer debaixo do pé de boi. Nós não somos jumento ruim para ser arrastado pelo beiço", finalizou.

Manchetes dos jornais

AQUI-MA – Irmandade do tráfico
ATOS & FATOS – Raio atinge Italuís e deixa 56 bairros sem água
CORREIO DE NOTÍCIAS – Roseana aceita vice do PT
DIÁRIO DA MANHÃ – Começa encontro que decidirá destino do PT
GAZETA DA ILHA –Preso em Ribamar “Trio Parada Dura”
JORNAL A TARDE –Prefeitura escolhe nova empresa que fará limpeza de São Luís
JORNAL EXTRA - Tudo armado! Castelo contrata empresa do grupo Queiroz Galvão para limpeza pública
JORNAL PEQUENO – Governo descobre conta secreta de US$ 13 mil do filho de Sarney
O DEBATE – Sueli Tonial substituirá Moacir Feitosa
O ESTADO DO MARANHÃO –P MDB e PT dão o primeiro passo para aliança no MA
O IMPARCIAL – PT pede cargos para apoiar Roseana Sarney
TRIBUNA DO NORDESTE – Filho de Sarney esconde US$ 13 milhões na Suíça
O QUARTO PODER - Criança morre afogada no tanque